segunda-feira,25 novembro, 2024

Maior investidora de e-sports, Intel usa os games para acelerar inovação

Patrocinadora do IEM Rio 2023, que ocorreu no Rio esta semana, aportou US$ 100 milhões na renovação da parceria com a ESL, como conta Carlos Augusto Buarque de Almeida, diretor de marketing da empresa

O Rio de Janeiro recebeu, no último fim de semana, as finais do IEM Rio 2023, um dos maiores campeonatos do jogo Counter-Strike no mundo. O evento, que reuniu centenas de pessoas na Jeunesse Arena, no Parque Olímpico, não teve uma equipe brasileira campeã, mas destacou o crescimento e a importância do Brasil como país estratégico no mundo dos jogos eletrônicos.

De acordo com a última edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), os e-sports se tornaram um dos ecossistemas mais relevantes para o consumidor de jogos eletrônicos no Brasil, apresentando um conhecimento expressivo de 82,9% entre os gamers no país. A prática dos esportes eletrônicos é, ainda, exercida por 48,8% deles, segundo a PGB 2023.

Considerada uma marca endêmica desse ecossistema, em outras palavras, que desenvolve produtos e serviços diretamente para os gamers, a Intel enxerga nessa indústria muito mais do que uma forma de conexão com o público, mas, principalmente, um investimento no desenvolvimento de novas tecnologias.

“A evolução e crescimento dos e-sports ganharam relevância a cada nova leitura da PGB desde 2016. Durante o período da pandemia (2020-2022), o consumo nesta categoria teve um aumento expressivo, fortalecendo este ecossistema e consolidando novos perfis de consumo: o jogador que pratica de maneira amadora ou competitiva e há também o público espectador, que assiste, torce e consome as diversas modalidades que existem”, conta Carlos Silva, sócio da Go Gamers, corresponsável pela pesquisa.

A empresa é considerada, atualmente, uma das maiores investidoras do ecossistema gamer no mundo tendo direcionado, em 2021, por meio da renovação de um contrato por 20 anos, US$ 100 milhões em investimentos na parceria com a ESL, mais antiga e maior empresa de e-sports do mundo. “O game é uma área que demanda novas tecnologias em um ritmo acelerado. Assim como a Fórmula 1 está para a indústria automobilística, no que diz respeito a desenvolvimento, os games ajudam a Intel a levar melhorias e inovação para além do público gamer”, explica Carlos Augusto Buarque de Almeida, diretor de marketing da Intel. O executivo reforça que a prática gamer demanda capacidade de processamento e tecnologias que contribuem para melhorar os equipamentos que chegam também para quem não é gamer.

Categorias em expansão

Do mercado brasileiro de PCs, atualmente, cerca de 6% são dos equipamentos direcionados ao público gamer. Em outros países, esse percentual chega a 20% o que mostra também as oportunidades de crescimento. Além disso, Carlos Augusto, da Intel, explica que o público consumidor desses produtos tem se diversificado. “Hoje, temos casos de consumidores que adquirem nossos equipamentos gamers não necessariamente para jogar, mas por que procuram algo com maior capacidade de processamento e resistência, por exemplo.”, destaca.

O IEM Rio 2023 reuniu centenas de pessoas na Jeunesse Arena, no Parque Olímpico, no último fim de semana

“Quando começamos a comunicar com esse público, os consumidores entendiam muito do produto tecnicamente falando. Hoje, com a mudança de perfil de quem adquire equipamentos gamers, nossa comunicação mudou, deixando de ser exclusivamente técnica para mostrar o impacto da tecnologia na experiência que a pessoa terá com determinado produto”, explica. Outro aspecto destacado pelo executivo da Intel é a importância de mostrar o apoio da marca no desenvolvimento do ecossistema. “Esse público valoriza quem apoia e contribui para desenvolver o cenário”, pontua.

Inteligência artificial e inovação

Carlos Augusto reforça que essa indústria ainda viverá uma série de transformações, principalmente pelo impacto da inteligência artificial e a capacidade de processamento que o uso dessas ferramentas vai demandar. “Seja um programador, desenvolvedor, ou mesmo o usuário mais trivial de um equipamento, conforme passa a usar também aplicações de IA, isso vai demandar uma necessidade cada vez maior de necessidade de processamento e equipamentos cada vez mais funcionais. Neste sentido, ter o contato com o público gamer e a sua exigência foi fundamental para acompanhar esse cenário.”

Confira os 3 principais gastos do público gamer de acordo com a Pesquisa Game Brasil:

  1. Moedas virtuais (31,2%)

2. Jogos colaborativos e criativos continuam a envolver os jogadores
Os jogos que incentivam os jogadores a trabalharem juntos para construir e criar – em vez de apenas atacar ondas de inimigos – tornaram-se cada vez mais populares, pelo menos desde a chegada do Minecraft, há mais de uma década. Títulos como Roblox mudaram o conceito, permitindo aos usuários criar seus próprios jogos do zero.

3. Itens de melhoria (27,5%)

Fonte: Forbes

Redação
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