A startup israelense Believer Meats começou a construir nos Estados Unidos a maior fábrica de carne cultivada do mundo. Quando estiver em pleno funcionamento, a instalação terá uma capacidade de produção de aproximadamente 10 mil toneladas por ano.
Segundo seus idealizadores, a fábrica gigantesca localizada na cidade de Wilson, na Carolina do Norte, terá mais de 18 mil metros quadrados de área construída para produzir esse tipo de alimento sustentável, sem a necessidade de abater um único animal.
“Com essa fábrica, estaremos um passo mais perto da comercialização para o consumidor final. Queremos estabelecer um padrão global para possibilitar que as gerações futuras comam e desfrutem da carne sem precisar sacrificar outros seres vivos”, disse a CEO da Believer Meats, Nicole Johnson-Hoffman, em um comunicado à imprensa.
Carne de laboratório
A carne cultivada é produzida combinando células musculares — extraídas de animais vivos — com substâncias que ajudam esse material a crescer. A mistura é então colocada em uma máquina chamada biorreator, que fornece as condições ideais para que as células se multipliquem.
Como essa carne de laboratório é molecularmente idêntica à que vem de animais inteiros, ela tem um sabor muito parecido. Com esse sistema de produção, é possível interromper o processo de abate de animais, sem abrir mão do hábito de comer hambúrguer e frango, por exemplo.
“Para que a carne cultivada tenha algum impacto real na indústria de alimentos, as empresas precisam reduzir drasticamente os seus custos. Isso normalmente significa aumentar a produção, tornando o produto mais acessível no mercado”, acrescenta Hoffman.
Quando ficará pronta?
Segundo a página oficial da Believer Meats, a fábrica de carne cultivada estará totalmente operacional no começo de 2023. No entanto, mesmo que a empresa consiga cumprir esse prazo, ela ainda precisa do aval de órgãos sanitários dos Estados Unidos para começar a vender seu produto.
Até agora, apenas a empresa UPSIDE Foods conseguiu uma autorização parcial para construir uma instalação parecida em solo estadunidense. Mesmo assim, ela também não tem permissão para vender a carne cultivada em laboratório diretamente para o consumidor final.
“O futuro dos alimentos começa com o que fazemos hoje e estamos no caminho para criar a mudança que buscamos. Por meio da acessibilidade e disponibilidade, queremos que nossos produtos se tornem a carne preferida globalmente e, com nossa nova unidade de produção, estamos caminhando para isso”, encerrou Nicole Johnson-Hoffman.
Fonte: Newswire
Por: Gustavo Minari