Opresidente Luiz Inácio Lula da Silvarecebeu nesta terça-feira (30) a proposta do primeiro plano brasileiro de inteligência artificial. O plano, que prevê investimentos de R$ 23 bilhões, foi entregue ao chefe do Executivo durante da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.
São 54 ações distribuídas em cinco eixos: infraestrutura e desenvolvimento; difusão, formação e capacitação; inteligência para melhoria dos serviços públicos; inteligência para inovação empresarial e apoio ao processo regulatório e de governança.
Diversas nações injetam recursos na inteligência artificial, como Estados Unidos (R$ 63 bilhões), China (R$ 306 bilhões), Itália (R$ 6 bilhões), Reino Unido (R$ 18 bilhões), Alemanha (R$ 29 bilhões) e França (R$ 14 bilhões). No caso brasileiro, a projeção é de R$ 23 bilhões.
Os investimentos serão distribuídos da seguinte forma: ações de impacto imediato (R$ 435,04 milhões); infraestrutura e desenvolvimento de inteligência artificial (R$ 5,79 bilhões); difusão, formação e capacitação em inteligência artificial (R$ 1,15 bilhões); inteligência artificial para melhoria dos serviços públicos (R$ 1,76 bilhão); inteligência artificial para inovação empresarial (R$ 13,79 bilhão) e apoio ao processo regulatório e de governança da inteligência artificial (R$ 103,25 milhões).
Segundo o documento, está prevista a aquisição de um supercomputador especializado, ao custo de R$ 1,8 bilhão. A meta é atualizar a estrutura para “que esteja entre os cinco com maior capacidade de processamento da lista TOP500, em cinco anos”. O plano aborda ainda ações para a área da saúde, a exemplo de uma ferramenta para suporte à decisão de compra de medicamentos e automatização da transcrição de teleconsultas.
A proposta de estruturação de gestão e monitoramento do plano de inteligência artificial visa a criação de um conselho superior, um comitê executivo e câmaras temáticas. O projeto “busca criar capacidades e capacitações nacionais para transformar a vida dos brasileiros por meio de inovações em inteligência artificial sustentáveis e inclusivas, orientadas à solução dos grandes desafios nacionais”.
Plínio Aguiar, do R7, em Brasília