Confira algumas tendências que marcaram 2023 no universo corporativo – e que podem continuar fazendo parte da rotina empresarial nos próximos anos
Todos os anos, o “corporativês” vê novos jargões, estrangeirismos e termos técnicos marcarem o dia a dia de trabalho. Além de novos modelos, como a proposta de redução da jornada de trabalho com a semana de 4 dias, muitos conceitos são cunhados por virais nas redes sociais, caso do “lazy girls jobs”.
2023 também trouxe a evolução de termos que surgiram em anos anteriores. Se 2022 foi marcado pela demissão silenciosa (“quiet quitting”), agora os colaboradores querem é deixar bem claro o motivo de estarem saindo da empresa (“loud quitting”).
Confira algumas tendências que marcaram 2023 no universo corporativo – e que podem continuar fazendo parte da rotina empresarial nos próximos anos:
Semana de 4 dias
Este foi o ano em que mais empresas passaram a considerar a semana de 4 dias, também conhecida como “four-day workweek”. Ainda que seja mais uma teoria que uma prática real dentro das companhias, o modelo ganhou mais estudos globais após alguns cases de sucesso. No Brasil, a semana de 4 dias também ganhou mais estudos e pilotos de implementação em diferentes empresas, além de comentários públicos do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que defendeu a discussão de métodos para a diminuição da jornada de trabalho.
Lazy girl jobs
Termo cunhado nas redes sociais depois de viralizar no TikTok, o “lazy girl jobs” (“empregos de garotas preguiçosas”, em tradução livre) dividiu opiniões em 2023. O movimento incentiva as mulheres a procurarem empregos remotos, pouco estressantes e bem remunerados. Embora a ideia não seja nada ruim, ao associar mulheres e preguiça o lazy girls jobs causou polêmica. Por outro lado, o movimento “anti-trabalho” ressalta uma forte característica da geração Z: a escolha por empregos que não levam ao esgotamento.
Trabalho híbrido
Este foi o ano em que demos adeus ao home office? Talvez não completamente, mas com certeza foi o ano da consolidação do trabalho híbrido. O primeiro ano “totalmente” depois da pandemia foi marcado pela volta das empresas aos escritórios, mas de forma mesclada entre presencial e remoto. A proposta do trabalho híbrido é oferecer ao colaborador a opção de trabalhar em casa em alguns dias da semana, e outros no escritório, dependendo de suas necessidades e preferências.
Quiet hiring
Enquanto 2022 foi um ano marcado pelo termo “quiet quitting”, 2023 viu surgir o “quiet hiring”. Enquanto o primeiro trata da estratégia adotada por alguns funcionários de fazer apenas o básico no trabalho, o segundo é uma ação do empregador. O termo se refere a realocação interna de talentos, o que abre espaço para outra forte tendência nas empresas: o investimento em upskilling e reskilling como forma de requalificar e dar novas competências aos talentos internos.
Loud quitting
Se o “quiet quitting” é um método de demissão silenciosa adotado pelo colaborador, o “loud quitting” é exatamente o contrário: o funcionário pede demissão deixando claro para líderes e demais colaboradores os motivos de estar saindo. De acordo com o relatório State of the Global Workplace 2023, feito pela Gallup, um em cada cinco funcionários (18%) em todo o mundo está pedindo demissão em alto e bom som.
Copycat layoffs
Com uma economia global ainda incerta, muitas empresas realizam demissões como forma de reduzir custos e aumentar a rentabilidade. No entanto, o “copycat layoffs” é quase um “efeito manada”. Enquanto uma empresa demite alguém porque realmente precisa, outras entram na onda e também realizam demissões, quase que para imitar as ações dos concorrentes, independentemente de isso fazer sentido para a própria empresa.
Bare minimum monday
Fazer o mínimo na segunda-feira, basicamente esse é o significado de “bare minimum monday”. A premissa é que, no primeiro dia da semana, os funcionários adotem uma abordagem “minimalista” nas tarefas do trabalho, concentrando-se em fazer apenas o suficiente para aquele dia e com o objetivo de conservar energia para o restante da semana.
Texto: Epoca Negocios