No dia 31 de outubro deste ano, irmãos gêmeos nasceram de embriões que haviam sido congelados há nada menos do que 30 anos, batendo o recorde de criogenia anterior, de 27 anos. A notícia foi divulgada apenas nesta segunda-feira (21), sendo que o acontecimento se deu nos Estados Unidos.
Os embriões dos agora chamados Lydia e Timothy Ridgeway foram submetidos ao congelamento no dia 22 de abril de 1992, permanecendo em pequenos canudos submersos em nitrogênio líquido, a aproximadamente -200 °C, por três décadas. É possível que embriões mais velhos já tenham sido usados antes: o US Centers for Disease Control and Prevention (CDC), agência de saúde americana responsável por registrar as taxas de tecnologias reprodutivas, não marca o tempo de congelamento dos embriões.
Na verdade, 3 recipientes embrionários foram transferidos para a mãe, mas apenas 2 destas transferências resultaram em sucesso. Apenas de 25% a 40% delas resultam em nascimentos vivos. O casal queria, especificamente, os embriões que estivessem há mais tempo esperando para serem gestados.
Quase mais velhos do que os pais
A base de dados de doadores não informa o tempo de criogenia, mas suspeitando de uma ordem crescente no número de registro de doador e aplicando essa lógica nas fichas, Philip e Rachel Ridgeway deram um jeito de escolher um embrião mais velho. O pai relata a natureza curiosa da situação: quando Lidya e Timothy “nasceram” dos doadores, ele tinha apenas 5 anos. De certa forma, são os filhos mais velhos do casal, apesar de serem os menores, uma vez que eles também têm filhos de 8, 6, 3 e 2 anos, nenhum fruto de doação de embrião.
De acordo com especialistas, eles podem ficar congelados indefinidamente, sem risco de dano à saúde das crianças. É como se o tempo não houvesse passado para os pequenos embriões. Anteriormente, a recordista de criogenia era Molly Gibson, que nasceu em 2020 após um congelamento de 27 anos. Ela havia tomado o recorde de sua irmã, Emma, que permaneceu em criogenia por 24 anos.
Fonte: CNN
Por: Augusto Dala Costa