Lançamento faz parte dos esforços do Irã para impulsionar seu programa espacial e enviar astronautas ao espaço até o final de 2029
A mídia estatal iraniana anunciou que o país enviou uma cápsula transportando animais vivos ao espaço. O lançamento do foguete Salman aconteceu nesta quarta-feira (6) e faz parte dos esforços do Irã para impulsionar seu programa espacial e enviar missões com astronautas ao espaço até o final de 2029.
Lançamento foi comemorado pelo governo do Irã
- De acordo com a mídia estatal iraniana, a cápsula lançada ao espaço pesa 500 kg.
- Ela foi encomendada pela Agência Espacial Iraniana e desenvolvida pela divisão aeroespacial do Ministério da Ciência, Pesquisa e Tecnologia do país.
- Já o foguete foi construído pela ala aeroespacial do Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã.
- O ministro das Telecomunicações do país, Eisa Zarepour, comemorou o lançamento.
- No entanto, nenhum representante do governo informou quais animais estavam a bordo da cápsula.
- Hossein Dalirian, porta-voz da agência espacial iraniana, compartilhou um vídeo do lançamento no X, antigo Twitter.
Programa espacial iraniano
Atualmente, o Irã só é capaz de lançar pequenos satélites para a órbita baixa da Terra. Para enviar missões tripuladas ao espaço, o país precisaria desenvolver veículos de lançamento muito maiores e mais confiáveis, além de uma cápsula de tripulação, sistemas de suporte à vida, tecnologia de reentrada, sistemas de paraquedas e muito mais.
Autoridades internacionais, especialmente do Ocidente, acreditam que os iranianos dificilmente conseguirão avançar com seu programa espacial em razão das sanções aplicadas pelos Estados Unidos. No entanto, a recente aproximação com a Rússia, inclusive com a assinatura de acordos envolvendo novos satélites, podem mudar este cenário.
Lembrando que o Irã já afirmou, em 2013, que enviou macacos ao espaço em voos suborbitais, quando o veículo pode chegar a cerca de 100 km de altitude, região que marca o início do espaço. No entanto, essas alegações foram contestadas por especialistas e países do Ocidente. As informações são da Space.com.
Texto: Alessandro Di Lorenzo