Organizações podem ampliar o crescimento dos lucros em 1% a cada aumento de 10% dos investimentos em ESG; governança e diversidade são impulsionadores dos resultados
Investir em ESG pode trazer sucesso financeiro para empresas: a cada 10% de aumento nos aportes em ESG, corporações podem perceber um crescimento de 1% em seus lucros.
Na prática, isso significa que uma organização que atualmente gasta 5% de seu orçamento com políticas ambientais, sociais e de governança poderia esperar umaumento de lucrode pelo menos 1 ponto percentual se ampliasse a parcela de investimentos em ESG para 15%.
Essa é a conclusão do levantamento ESG Radar 2023, conduzido pela Infosys, líder global em consultoria e serviços digitais, que ouviu mais de 2,5 mil executivos e gerentes de empresas do mundo todo com faturamento acima de US$500 milhões por ano.
Para 90% dos executivos entrevistados, adotar práticas sociais, ambientais e de governança dentro das organizações traz retorno financeiro positivo. Desses, 29% diz que observa crescimento significativo nos lucros da companhia e 61% revela que houve uma evolução moderada. Apenas 10% não nota diferenças e 0% vê resultados negativos.
Segundo o estudo, são os aspectos sociais e de governança que mais trazem retorno – ainda que muitas empresas priorizem investimentos em políticas ambientais. Dentre as razões para o resultado financeiro, governança corporativa bem executada e diversidade em cargos de liderança destacam-se como os responsáveis pelos melhores rendimentos.
Veja principais conclusões do levantamento:
- Investimentos das empresas em ESG deve chegar a US$ 53 trilhões até 2025;
- 41% dos entrevistados relatam que retornos aconteceram entre dois e três anos;
- Elevação nos aportes em ESG pode alcançar 51% em três anos;
- Apenas 58% das empresas compartilham seus dados ESG com clientes.
Esses resultados animadores motivam executivos a elevar seus investimentos em ESG. Nove em cada dez empresários planejam aumentar gastos com práticas ambientais, sociais e de governança, segundo dados da Bloomberg. O estudo mostra que 18% dos entrevistados pretendem aumentar essas despesas em 50% ou mais ainda em 2023.
Texto: Guilherme Santiago