Parceria desenvolvida entre o Centro de Operações Rio (COR), o Laboratório Nacional de Computação Científica e o Cefet/RJ buscam desenvolvimento de modelos para previsão de eventos extremos
Um investimento no uso da inteligência artificial promete aprimorar as previsões meteorológicas na cidade do Rio. O objetivo será combinar as mais diversas fontes de dados — produzidos por satélites, radares, pluviômetros, sondas atmosféricas, entre outras informações.
O Centro de Operações Rio assinou, na tarde desta sexta-feira, um acordo de cooperação técnica com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), na Rio Innovation Week.
“O investimento em ciência e tecnologia aplicadas na prevenção de desastres é fundamental para salvar vidas. O Rio de Janeiro implantou um equipamento pioneiro no mundo, o Centro de Operações, capaz de integrar as operações de cidade e gerar soluções tecnológicas para aprimorar a qualidade de vida do cidadão. Queremos prever eventos extremos com maior assertividade, usando a melhor tecnologia possível, nos unindo a grandes parceiros. O COR agora está novamente voltado a aprimorar suas ferramentas para se preparar para um cenário de mudanças climáticas”, explica o chefe executivo do COR, Marcus Belchior.
A cidade poderá contar com o supercomputador Santos Dumont do LNCC, que está no ranking dos 500 mais potentes do mundo, para o desenvolvimento dos modelos preditivos. A parceria prevê a criação de uma plataforma de dados e modelos de Inteligência Artificial utilizada para serviços meteorológicos na previsão de eventos extremos de chuva, além de formar profissionais e pesquisadores especializados no desenvolvimento de metodologias e ferramentas avançadas de previsão de condições meteorológicas extremas.
“É um orgulho para todos os cariocas contar com um equipamento como o Centro de Operações Rio. Para nós, é motivo de grande alegria essa parceria. Trabalharemos no limite para contribuir com o Rio”, declarou Maurício Saldanha Motta.
O investimento em tecnologia na prevenção de desastres tem como objetivo principal preservar vidas e aumentar a resiliência da cidade, minimizando os impactos negativos das mudanças climáticas. Essa medida também tem impacto na redução de danos materiais e na diminuição das consequências socioeconômicas dos desastres.
A redução de perdas humanas e materiais, frutos da ocorrência de eventos extremos, com consequências diretas na redução de danos para a cidade e melhoria nas condições de vida da população contribui diretamente com o objetivo 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima) dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a agenda até 2030, com a redução de impactos gerados pelas mudanças climáticas através da criação de estratégias locais de redução de riscos de desastres.
Texto: Agência o Globo