sábado,23 novembro, 2024

Internacionalização: como levar a sua startup para o mundo

Se, algumas décadas atrás, estar presente em mercados fora do país era um privilégio das grandes corporações, hoje não é mais assim. Cada vez mais, as pequenas e as médias empresas também estão encontrando oportunidades para se internacionalizar, e não seria diferente com as startups, negócios que já nascem com propostas inovadoras e disruptivas no DNA.

Mas, afinal, o que significa internacionalizar uma empresa? E qual é o papel das startups nesse movimento cada vez mais frequente no mercado mundial? Acompanhe este artigo para entender melhor!

O que é internacionalização?

Como o próprio nome diz, a internacionalização nada mais é do que uma estratégia que as empresas adotam para expandir os negócios para o mercado internacional, seja a partir da comercialização de produtos ou serviços fora do país de origem, seja pela captação de investimentos vindos do exterior.

E a empresa não precisa, necessariamente, abrir uma sede em outro país. Em alguns casos, a depender do tipo de produto ou serviço ofertado, é possível que toda a operação seja feita localmente, a partir de parcerias ou da aquisição de negócios que já atuam no mercado de destino.

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Por que internacionalizar?

Esse processo pode ter diversas motivações, como a ampliação da rede de clientes, a consolidação mundial da marca, o aumento de receita, a busca por novas fontes de financiamento, a tentativa de barrar a expansão da concorrência e por aí vai. Todas essas são vantagens bastante relevantes, especialmente para startups, que tendem a operar com alto risco e podem, inclusive, encontrar resistência de investidores brasileiros — que são, geralmente, mais conservadores. 

Além disso, estar presente em outros ecossistemas agrega conhecimentos importantes à melhoria do negócio, como o acesso a novas tecnologias, novos talentos, dados de mercado e oportunidades de networking.

Por fim, mas não menos importante, a internacionalização oferece mais segurança financeira à empresa, pois permite que ela não seja tão afetada por variáveis regionais, como crises econômicas, flutuações da moeda local e picos de vendas sazonais. No caso de empresas brasileiras, a expansão para o exterior permite a movimentação de recursos em dólar, euro ou libra, que são moedas mais consolidadas e menos vulneráveis do que o real.

Agora que você já sabe os motivos pelos quais a sua startup deveria considerar a internacionalização, aqui vão alguns pontos importantes sobre como iniciar esse processo.

Como internacionalizar uma startup?

A jornada para expandir uma startup para o mercado internacional envolve inúmeros desafios, como: 

  • vencer a barreira do idioma
  • conhecer novas culturas
  • adequar-se a diferentes legislações
  • estabelecer uma nova estrutura do zero; 
  • contratar profissionais estrangeiros e muito mais. 

Alcançar todos esses objetivos exige estudo, planejamento e investimento, por isso contar com profissionais capacitados faz toda a diferença, especialmente nas áreas mais burocráticas, como a jurídica e a tributária, já que cada país tem suas próprias regras.

Antes de iniciar um processo de internacionalização, é essencial que a empresa se pergunte se esse movimento faz sentido para o negócio. Ou seja, se o produto ou serviço pode ser atraente para clientes estrangeiros, quais são os concorrentes que já atuam no mercado de destino e, principalmente, se a organização já está consolidada o suficiente para dar esse passo.

E isso não significa que para alçar voos fora do país a empresa precise, necessariamente, já ter conquistado todo o mercado nacional — até porque, em alguns casos, as soluções ofertadas pelo negócio podem ser mais relevantes para o público internacional do que para o local.

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Conhecer as especificidades de cada mercado é fundamental para o sucesso do processo de expansão. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Porém, é sim fundamental que a empresa já tenha certa estrutura interna e saúde financeira para conseguir expandir os negócios, porque, como dissemos, esse é um processo que demanda bastante trabalho e certo nível de investimento.

Sabendo disso, veja a seguir alguns passos que a sua startup deve seguir para atingir a internacionalização.

1. Conheça bem o mercado a ser explorado

Após ter analisado a própria empresa e ter entendido como o seu produto ou serviço pode ser atraente para o público estrangeiro, chega a hora de estudar a fundo o mercado do país que o seu negócio pretende alcançar. Isso significa, por exemplo, entender mais da cultura local, qual é a situação econômica atual, quais empresas atuam na área desejada e podem ser concorrentes do negócio, qual seria o público-alvo do produto ou serviço e a viabilidade financeira dessa expansão. 

Por isso, não deixe de reservar um tempo do seu planejamento para a pesquisa, que deve levantar informações essenciais para o sucesso da internacionalização.

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2. Busque apoio para as questões burocráticas

Ao iniciar as operações em outro país, a última coisa que uma empresa deseja é receber sanção ou multa por ter burlado alguma legislação que não conhecia. Portanto, para não cair em nenhuma armadilha, é fundamental que a organização conte com a consultoria de profissionais capacitados nas áreas mais burocráticas, de preferência que sejam estrangeiros, já familiarizados com as normas e os costumes daquele país.

Dessa forma, a transição do negócio para o novo mercado é muito mais tranquila, e os prejuízos são evitados.

3. Considere programas de incentivo

Atualmente, existem diversas opções de programas de incentivo e aceleração para startups que desejam conquistar o mercado internacional. Neles, são oferecidas mentorias, treinamentos, assessorias e várias ferramentas para que a startup se prepare da melhor forma para a internacionalização.

Entre eles, há o programa StartOut Brasil, criado em 2017 pelo Ministério das Relações Exteriores em parceria com outras instituições e que tem este objetivo: apoiar o ingresso de startups brasileiras em ecossistemas estrangeiros.

Especialmente para empresas que estão começando, participar de programas de incubação como esse pode ser um ponto de virada, principalmente para a criação de conexões e parcerias comerciais valiosas. Para saber mais do StartOut Brasil, clique aqui.

E, para continuar acompanhando as principais tendências do mundo dos negócios e do ecossistema de inovação, fique de olho no blog do Cubo!

Fonte: Distrito, Remessa Online, OA Sociedade de Advocacia, MIT Sloan Management Review

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