Se existe algo que nos move é o futuro. Nem nos damos conta do quanto isso nos move. Vejamos, estudamos para adquirir conhecimento e nos tornarmos futuramente em algo maior do que somos hoje, fazemos dieta esperando ter um corpo bonito e saudável no futuro, trabalhamos deixando de estar em momentos de lazer ou acompanhando a vida de nossos filhos, para conquistar segurança e conforto futuros, investimos em uma ação que hoje esteja subvalorizada, esperando que o fator tempo nos proverá resultados, enfim, sacrificamos algumas coisas do presente em troca da espera por um futuro melhor.
O futuro, dita nossa forma de agir hoje. O que podemos nos tornar é o nosso combustível para agir agora, pois todos acreditamos que amanhã seremos melhores.
Quando pensamos nas cidades e considerando cada cidade como um ser vivo, com um organismo vivo, um sistema complexo, composto por indivíduos, espaços, meio ambiente, tecnologia, carros, estradas e sistemas diversos, podemos fazer essa mesma analogia. Traçar uma timeline e imaginar como a cidade poderá ser no futuro, e quais as ações que temos que fazer hoje, para garantir que esse Ser tenha o futuro que desejamos?
E principalmente, como terão que ser as cidades do futuro para acolher e contemplar as necessidades desse novo cidadão que se configura no horizonte?
Quando falamos em cidades inteligentes, imediatamente nosso cérebro nos remete a esse exercício, de como minha cidade poderia ou poderá ser futuramente. Imaginamos carros voadores, muito verde, pessoas se locomovendo com segurança e fluidez, sistemas nos provendo uma vida segura, sustentável e feliz.
Nos últimos dias, tivemos uma novidade no mundo da tecnologia, que nos permite exercitar ainda mais esse pensamento de futuros. Uma empresa criada em 2015, tendo como um de seus cofundadores o revolucionário Elon Musk, chamada de Open AI, criou o tão badalado “Chat GPT”.
O Chat GPT pode escrever textos, redigir artigos como esse vos escrevo nesse momento, ou ainda, teses de mestrado e doutorado, ajudar médicos a diagnosticar doenças corretamente, fazer campanhas publicitárias e uma infinidade de outras coisas.
Essa nova tecnologia permite ligarmos uma espécie de turbo acelerador em todas as coisas quando pensamos em tecnologia. E então fica posta a seguinte reflexão: Como será a cidade do futuro, a partir da exponencialização da Inteligência Artificial?
Teremos uma cidade governada por um sistema de inteligência artificial?
Contaremos com análises preditivas de IA controlando fluxo das vias?
Carros voadores ou autônomos, geridos e conduzidos por algoritmos?
Sistemas totalmente integrados, como por exemplo, uma geladeira inteligente que vê que seus suprimentos estão acabando e automaticamente efetua uma compra que será entregue por drones na porta de nossas casas?
Comidas de nosso restaurante preferido, sendo feitas baseadas no nosso sequenciamento de DNA?
Turismo nas cidades através de metaversos?
Processos sendo julgados por uma Inteligência Artificial formada a partir de nossos códigos processuais?
Inteligência artificial ajudando um médico operar o cérebro de um paciente?
Robôs como guardas de trânsito, conectados a uma central inteligente de gestão de tráfego?
Construções inteligentes com condomínios produzindo sua própria comida em fazendas urbanas?
Esses são apenas poucos exemplos, pois tantas possibilidades se abrem, e como dito no início desse artigo, mais do que nunca, podemos esperar um futuro bom, esperar que nossas cidades sejam inteligentes e lugares melhores de se viver.
O que fica evidente é que tudo, absolutamente toda nossa forma de viver passará por transformações. Deixaremos de ser seres operacionais para nos tornarmos seres criativos. Carreiras, negócios e as cidades inevitavelmente acompanharão essas transformações.
Essa mudança já está em curso. As soluções citadas acima, já existem e já são testadas em pequena escala e o fato é que a Inteligência Artificial será o vetor de aceleração desse processo.
O futuro das cidades é serem inteligentes!
Fonte: O Sul