A tecnologia em questão permite que as pessoas tenham interações com registros feitos em vida pelos entes queridos que já não estão mais vivos.
O desenvolvimento de softwares e serviços de Inteligência Artificial vem avançando de forma significativa. Promovendo facilidades e melhorias, estes programas chamam a atenção por sua originalidade e pela facilidade com que resolvem, ou amenizam, problemas e dores diárias das pessoas.
Recentemente, o serviço digital Hereafter.AI mostrou ser capaz de aliviar uma das maiores dores humanas: a dor da perda. Para isso, a tecnologia cria clones virtuais para preservação da memória de pessoas que já se foram.
Conforme informações da Época Negócios, a iniciativa foi criada pelo programador James Vlahos depois que seu pai foi diagnosticado com câncer.
Para funcionar, é necessário que o usuário, ainda em vida, converse com o entrevistador virtual e compartilhe sua história por meio de áudio e imagens. O sistema de IA então faz questionamentos sobre familiares, datas importantes e feriados memoráveis para a pessoa.
Experiência única e memorável
Com base nos dados obtidos pelo entrevistador virtual, é possível estabelecer uma série de padrões e desenvolver o perfil artificial da pessoa entrevistada, que é exatamente o que irá interagir com os entes queridos e amigos após a morte do usuário.
Segundo o repórter Rob Waugh, do DailyMail, a experiência de contato com o sistema de inteligência artificial é “natural”.
“É bastante natural conversar e há uma honestidade crua em falar com o sistema, algo que é promovido pela natureza dos assuntos que o aplicativo incita e que não conseguimos ter com pessoas reais”.
O avatar em questão, desenvolvido por meio das fotografias e interações com a IA, é disponibilizado aos familiares autorizados e amigos após o falecimento da pessoa que contratou o serviço.
Atualmente, o Hereafter.AI custa aproximadamente R$20 por mês na versão básica (US$3,99) e R$41 (US$7,99) na versão completa. Após a contratação, os custos pela manutenção do serviço devem ser mantidos pelos familiares do falecido.
Texto: Mariana Lienemann