Vão até o dia 30 de junho as inscrições para o Sinapse da Bioeconomia, programa integrado à Plataforma Jornada Amazônia que vai oferecer R$ 70 mil para até 70 novos negócios nos estados que compõem a Amazônia Legal. Além de recursos financeiros não-reembolsáveis, que totalizam R$ 4,9 milhões, o programa oferece capacitações e conexões, objetivando transformar em negócios de sucesso ideias inovadoras que contribuam para a preservação da floresta em pé. O Sinapse da Bioeconomia é gratuito, equity-free, e será realizado de forma híbrida, com parte das capacitações previstas para acontecer presencialmente em cidades da região amazônica. As inscrições podem ser feitas pelo endereço sinapse.jornadaamazonia.com.br.
Podem se inscrever pessoas físicas maiores de 18 anos, com ideias inovadoras aplicadas à bioeconomia; ou empresas – Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP) – cujas atividades contemplem aspectos da bioeconomia. As empresas precisam ter sido estabelecidas e registradas em algum dos estados da região da Amazônia Legal em até 24 meses antes da data de publicação do regulamento.
“O Sinapse da Bioeconomia quer impulsionar a criação de novos negócios na bioeconomia amazônica, atendendo às demandas por produtos, soluções e serviços que envolvam setores como alimentos e bebidas, cosméticos, tecnologia e energia, farmácia, química verde, reflorestamento e madeira, moda e turismo”, explica o diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, Marcos Da-ré. “Pode ser desde um negócio que transforme em fármaco um ativo amazônico até uma empresa de moda que utilize biomateriais ou um marketplace que ajude a distribuir produtos da biodiversidade amazônica. De qualquer forma, o negócio precisa ser inovador e contribuir com a preservação da floresta”, resume.
Na primeira fase do processo de seleção do Sinapse Bio, como o programa também é chamado, todos os empreendedores inscritos receberão capacitações online, para que possam se preparar e apresentar suas ideias de negócio. Cada participante pode inscrever mais de uma ideia, mas apenas aquela que alcançar maior nota avançará para a próxima fase.
As ideias inscritas serão avaliadas por dois especialistas, um voltado ao conhecimento técnico, e o outro, ao mercado; e aquelas que obtiverem as maiores notas passam para a fase seguinte. Nela, os empreendedores receberão novas capacitações e elaborarão o plano de desenvolvimento do negócio; incluindo viabilidade técnica, financeira e de mercado, além da definição de como o recurso a ser recebido será utilizado nos meses seguintes. Com a aprovação na segunda fase, os participantes pessoa física receberão assessoria completa para formalizar suas empresas; e as empresas receberão os recursos financeiros não-reembolsáveis para colocar em prática o plano de desenvolvimento previamente elaborado. Ter um CNPJ registrado na região da Amazônia Legal até o início da etapa de pré-incubação é parte obrigatória do programa: os recursos financeiros não são entregues a pessoas físicas.
Por fim, ao longo dos seis meses seguintes, as empresas passam pela etapa de pré-incubação, onde recebem mais capacitações; participam de encontros presenciais, com oportunidades de networking e de integração ao ecossistema de inovação regional e até mesmo nacional; e têm suporte para desenvolver o negócio em conjunto com os recursos recebidos. É possível usar os recursos para bancar eventuais viagens e participar das atividades presenciais. Ao final do programa, os participantes têm a oportunidade de apresentar suas ideias para potenciais clientes, investidores e parceiros em uma Feira de Negócios.
Confira abaixo o calendário completo de inscrição e seleção:
Inscrições de ideias inovadoras: até 30/06
Divulgação das ideias aprovadas: 01/08
Submissão dos projetos de negócios (fase 2): 01/08 a 17/08
Divulgação dos projetos de negócios selecionados (fase 2): 13/09
Programa tem meta de criar até 200 novos negócios até 2025
O Sinapse da Bioeconomia evoluiu a partir do Sinapse da Inovação, programa idealizado pela Fundação CERTI em 2008 e realizado em diversos estados do Brasil (inclusive no Amazonas, em 2015) ao lado de parceiros estratégicos. “O diferencial é que, agora, o programa é exclusivamente voltado a negócios e ideias inovadoras no campo da bioeconomia, e dedicado especificamente ao desenvolvimento do ecossistema de inovação da região amazônica”, enfatiza Marcos Da-ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI.
Com uma edição por ano realizada até 2025, o Sinapse da Bioeconomia pretende apoiar a criação de um total de 200 empresas. O programa visa incentivar três perfis de negócios: empreendimentos inovadores de impacto que usam biodiversidade ou serviços ecossistêmicos; empreendimentos de base tecnológica que potencializam a competitividade da floresta; e serviços inovadores que incrementam a competitividade em empreendimentos que atuam com a floresta.