Taxa ficou ficou em 0,60% em junho, ante avanço de 4,10% em maio. Para os consumidores, os principais vilões no mês foram gasolina (2,72%), tarifa de energia (3,30%) e etanol (9,92%).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,60% em junho, ante avanço de 4,10% em maio, informou nesta terça-feira (29) a Fundação Getulio Vargas. A forte desaceleração foi influenciada principalmente pela queda do dólar frente ao real e pelo recuo dos preços de commodities como minério de ferro, milho e soja, que aliviaram a inflação no atacado.

Com este resultado, o índice acumula agora alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. Em maio, acumulava avanço e de 37,04% em 12 meses.

Em junho de 2020, o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

“A combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes, fez o grupo matérias-primas brutas do IPA [ Índice de Preços ao Produtor Amplo] cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa do IPA registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, avaliou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O resultado de junho ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,01%.

Entre os segmentos que contribuíram para a desaceleração da alta do IGP-M, destaque para a deflação dos produtos de origem agropecuária, que depois de terem subido 5,17% em maio caíram 0,9% em junho. Em 12 meses, porém, a alta ainda é de 53,29%.

Referência para reajuste de aluguéis

O IGP-M também é conhecido como ‘inflação do aluguel’, por servir de parâmetro para o reajuste de contratos de locação residencial. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas e dos insumos da construção civil.

Desde 2020, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA, que registrou até maio alta de 8,06% em 12 meses.

Composição do índice

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 0,42% em junho, ante 5,23% em maio. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,59% em maio para 1,78% em junho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 3,32% para 1,71%. Já o estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 1,28% em junho, após subir 10,15% em maio.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, variou 0,57% em junho, ante 0,61% em maio, com decréscimo em 5 das oito classes de despesa.

O Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, subiu 2,30% em junho, ante 1,80% no mês anterior.

Destaques de deflação em junho

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

Minério de ferro: -3,04%

Soja (em grão): -4,71%

Milho (em grão): -5,50%

Farelo de soja: -4,62%

Suínos: -13,50%

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Passagem aérea: -7,28%

Banana-prata: -10,19%

Shampoo, condicionador e creme: -3,22%

Perfume: -1,90%

Cebola: -10,37%

Vilões do IGP-M em junho

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

Cana-de-açúcar: 7,73%

Leite in natura: 6,20%

Café (em grão): 8,15%

Aves: 4,96%

Carne bovina: 2,56%

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Gasolina: 2,72%

Tarifa de eletricidade residencial: 3,30%

Etanol: 9,92%

Plano e seguro de saúde: 0,87%

Condomínio residencial: 1,43%

Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC)

Ajudante especializado: 3,03%

Servente: 3,01%

Pedreiro: 3,35%

Carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado): 2,95%

Vergalhões e arames de aço ao carbono:2,96%

fonte: G1

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