Essa grande quantidade de plástico, cerca de 79 mil toneladas, está localizada entre a Califórnia e o Havaí e o termo mais correto para chamá-la é Grande Mancha, já que é mais uma larga porção de oceano com alta concentração de lixo plástico boiando, mais como uma sopa, do que um grande conglomerado.
No Oceano Pacifico uma enorme “ilha” de plástico com cerca de 1,6 milhões de quilômetros quadrados, maior que o estado do Amazonas, tem abrigado um ecossistema impressionante e levado animais de zonas costeiras a sobreviverem em alto mar.
Todo esse material boiando no meio do Oceano Pacifico pode abrigar uma série de pequenos seres-vivos e principalmente microrganismos como algas e plantas que vivem em invertebrados como moluscos e esponjas.
Anteriormente, se pensava que por motivos ecológicos e fisiológicos esses seres vivos encontrados na Grande Mancha de plástico eram limitados e não poderiam viver em alto mar.
Grande mancha de plástico abriga vida
Durante o estudo recentemente publicado na revista Nature, os pesquisadores avaliaram 105 itens de plásticos, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. Cerca de 484 exemplares de invertebrados de 46 espécies diferentes foram encontrados na Grande Mancha de plástico, sendo 80% deles originários de áreas costeiras.
Isso acontece porque o material é praticamente indestrutível na natureza e após não ser descartado adequadamente pode boiar no mar por milhares anos. Mas além de ser inédito para sobrevivência, os animais ainda conseguem se reproduzir.