O futuro da busca do Google é uma grande caixa verde. É o que a empresa mostrou, em maio, no Google I/O, uma conferência anual de desenvolvedores. Tema de 2023 foi IA (inteligência artificial), termo mencionado mais de 140 vezes em duas horas. O Google revelou produtos de IA que serão lançados ao público – uma reviravolta para gigante apreensivo da Internet em resposta à crescente concorrência.

De muitas maneiras, o Google I/O foi um referendo sobre entrada instável da empresa na “IA do consumidor” e uma mensagem clara aos céticos (e investidores) de que está disposta a tomar medidas radicais para permanecer na vanguarda da pesquisa na Internet, mesmo que isso signifique derrubar seu produto principal.

Nova busca do Google

Há muito tempo, a Pesquisa do Google é o mecanismo de como todos procuramos informações sobre produtos, encontramos as notícias mais recentes e interagimos com a Internet. É, também, o mecanismo por meio do qual muitas empresas ganham dinheiro.

O novo SGE (“Search Generative Experience”) é uma versão experimental da busca que tira prioridade dos dez links azuis que definiram o Google no século 21. Em vez disso, qualquer consulta, independentemente de quão específica seja, é respondida em uma caixa verde crescente que se expande à medida que preenche a tela com a resposta.

“Agora a pesquisa faz o trabalho pesado para você”, disse Cathy Edwards, vice-presidente de engenharia do Google, durante o I/O. Ela disse que na busca que conhecemos hoje, consultas complexas precisam ser divididas em perguntas menores, nas quais você, o usuário, precisa filtrar informações por conta própria e formular a resposta em sua cabeça. O SGE pode fazer tudo isso automaticamente, permitindo até mesmo que você faça perguntas relacionadas (também chamadas de “follow-up”).

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