sexta-feira,22 novembro, 2024

Hype da vez: ChatGPT é o novo metaverso?

Lançado em novembro de 2022, o ChatGPT, que inicialmente poderia ser apenas mais uma sigla associada à tecnologia, tornou-se um dos temas mais comentados dos últimos meses. Se no ano passado o assunto predominante na inovação foi metaverso, em 2023, o sistema conversacional tem alçado a inteligência artificial ao topo das buscas. Muito além das funcionalidades e impacto no trabalho, marketing ou na indústria, dentre vários outros segmentos, o ChatGPT tem movimentado negócios e investimentos. Em especial, a OpenAI, empresa dona da tecnologia, transformou-se de uma organização sem fins lucrativos em uma startup unicórnio que fechou um acordo de US$ 10 bilhões com a Microsoft e já possui várias expectativas de rodadas de captação ainda em 2023.

De acordo com o Wall Street Journal, os fundos Thrive Capital e Founders Fund negociam a compra de uma nova fatia da empresa, por um valor próximo de US$ 300 milhões. Y Combinator, Sequoia, Andreessen Horowitz e Tiger Global também mantêm ações da startup de inteligência artificial. No ano passado, várias pesquisas apontaram o metaverso como uma das principais possibilidades de receitas para os próximos anos. Luis Fernando Guedes, professor da FIA Business School, explica que a inteligência artificial está na pauta da academia há 50 anos e nos últimos 5 anos passou a fazer parte do cotidiano das organizações e governos, principalmente devido a dois fenômenos: disponibilidade de dados em formato digital sobre a operação e a diminuição do custo de processamento de dados.

“Os algoritmos de IA foram aprimorados por conta da demanda do mercado para aplicações cada vez mais inteligentes. Waze, Google, Instagram e Tinder ,por exemplo, fazem uso intensivo dos dados dos usuários e de diversas outras fontes para entregar resultados a milhões de pessoas. O hype aqui funcionou bem, ao atrair atenção, financiamento, capacitação e talentos de todos os lugares. Um fenômeno parecido ocorre agora com a Inteligência Artificial Generativa, uma nova técnica que entrega resultados surpreendentes e baseados em milhões de pontos de dados não às companhias somente, mas ao varejo, a nós, estudantes e professores e advogados”, destaca o professor da FIA Business School.

Sobre o ChatGPT e a tecnologia que lhe dá fundamento, Luis destaca que ainda é um processo inicial. “É o princípio dessa onda e logo teremos outras versões, ainda mais potentes e assemelhadas à inteligência humana. Não resta muita dúvida sobre a ocorrência de novas ondas de inovação, baseadas nessa forma de dar sentido ao volume crescente de dados que produzimos todos os dias. Talvez estejamos prestes a ver o início da jornada da IA como aspecto inerente a tudo que fazemos, tal como é a eletricidade. Por fim, para além da tecnologia que virá, o que precisamos nas empresas e governos, urgentemente, é da generosidade, da atenção afetuosa, da empatia e consideração ampla sobre nosso ecossistema. Esse hype está difícil de chegar, mas não resta dúvida que virá.”

Fonte: Forbes

Redação
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