Novo chip de inteligência artificial da chinesa pode substituir o H20, da Nvidia
A Huawei iniciará a distribuição em larga escala de seu chip de inteligência artificial (IA), o Ascend 910C, para seus parceiros baseados na China já a partir do mês que vem. O componente é uma alternativa à GPU H20, da Nvidia, que teve a comercialização restringida pelo governo Trump para empresas chinesas.
Segundo fontes da Reuters, a novidade não é exatamente um avanço tecnológico, mas sim uma espécie de “evolução arquitetônica”. O chip em questão é capaz de oferecer a mesma performance do chip H100, também da Nvidia, apresentado em 2023. Ele combina dois chips 910B em um único componente graças à adoção de “técnicas avançadas de integração”.
Os Estados Unidos, além da guerra comercial, travam uma corrida relacionada ao desenvolvimento tecnológico com a China. Para evitar que o país asiático atinja avanços com potencial de serem utilizados para propósitos militares, o governo norte-americano está restringindo o acesso do país aos chips mais poderosos da Nvidia.
Chip da Huawei
Nos últimos anos, os EUA bloquearam as vendas dos chips B200 e H100 para empresas chinesas. A Nvidia então desenvolveu o H20, uma variante com poder de processamento inferior para essa finalidade. Porém, o país também restringiu ele após a China apresentar modelos poderosos como os da startup DeepSeek.
Desde que as primeiras restrições de chips foram impostas, ainda em 2022, empresas do país asiático tentam desenvolver alternativas para garantir que companhias de tecnologia local sigam desenvolvendo soluções próprias baseadas em inteligência artificial.
A TSMC fabrica parte dos semicondutores utilizados nesta nova GPU. Aliás, ela já enfrenta uma investigação do Departamento de Comércio dos Estados Unidos relacionada ao envio de componentes essenciais para a fabricação de chips de inteligência artificial para a Huawei.
A companhia taiwanesa está impedida de fazer negócios com a chinesa desde 2020. Desde então, a companhia garante que não vendeu componentes para a empresa e tem respeitado todas as demandas impostas pelos governo dos EUA.
Por: Vinicius Marques