Havaianas no combate ao desperdício

A mais célebre marca de chinelos acaba de entrar no mercado de segunda mão através da parceria com a White Stamp, start-up portuguesa de moda consciente que reintroduz, no mercado, artigos usados. A Havaianas segue, assim, em linha reta na economia circular

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Esta iniciativa faz parte do compromisso de sustentabilidade da Havaianas, que tem vindo a estabelecer parcerias a favor da preservação do ambiente há mais de 17 anos, com o lançamento de linhas que utilizam materiais mais sustentáveis, assim como os tecidos resultantes da reciclagem de garrafas PET, e com um programa global de logística inversa que apoia a eliminação adequada e a reciclagem de sandálias de borracha.

«Estamos a trabalhar com um parceiro que é uma referência no mercado, permitindo o fortalecimento e envolvimento de uma marca que carrega a sustentabilidade no seu ADN e que, através de novas iniciativas e parcerias, procura reforçar a moda sustentável», revela a Havaianas em comunicado. «O objetivo é utilizar a venda em segunda mão, como uma plataforma de serviço que associe a nossa marca aos consumidores, com vista a lutar contra o desperdício têxtil através de uma lógica de consumo circular», explica.

Esta iniciativa marca a entrada da Havaianas no mercado europeu de artigos de segunda mão, fomentando o debate sobre a importância do upcycling e o impacto do consumo de moda.

«Acreditamos que a colaboração entre marcas e consumidores é, a longo prazo, o segredo para a construção de um futuro promissor.

[©Havaianas]

É nesta linha de pensamento que surge a White Stamp com o programa Sell 1 Buy 1 – uma iniciativa que se baseia na economia circular para valorizar a experiência de compra do consumidor, tornando o modelo de revenda cómodo e acessível por intermédio das marcas com as quais se identificam. O objetivo é claro: reduzir o volume de artigos parados nos nossos roupeiros, que ainda têm utilidade e estão em bom estado, aumentando assim o seu ciclo de vida. Deste modo, não só capturamos valor, como contribuímos para a redução do desperdício têxtil e, consequentemente, reduzimos a pressão sobre os recursos do nosso Planeta», afirma a White Stamp, start-up portuguesa cofundada por Maria Rito e Pedro Santos, entusiastas de moda e defensores de uma economia circular, que procuravam compatibilizar o desejo de estar sempre na moda com um acesso fácil aos hábitos de consumo consciente.

Como funciona?

O programa Sell 1 Buy 1 da White Stamp é intuitivo, fácil de utilizar e pode ser acedido através do website da start-up. O cliente cria uma conta e lista os produtos usados de qualquer marca aderente que pretende vender, preenchendo as características dos produtos.

Depois, é atribuída uma cotação automática a esses artigos que já não deseja guardar. De seguida, o cliente embala os seus artigos reaproveitando qualquer caixa ou saco que possua e considere adequado para o efeito e envia-os para a White Stamp gratuitamente.

[©Havaianas]

O que o cliente gastará nas novas compras é transformado em crédito – que é o crédito que recebe por enviar os seus antigos artigos prediletos avaliados em função da marca, categoria, material, recolha e condição. Quando a White Stamp tiver recebido e verificado esses artigos de acordo com a descrição que o cliente enviou, o crédito predeterminado ficará automaticamente disponível para gastar em novos artigos nas marcas aderentes da White Stamp. Os clientes podem gastar o seu crédito na Havaianas, recebendo um desconto de 5 euros por cada 25 euros desembolsados.

Se os artigos recebidos pela White Stamp estiverem em bom estado são reintroduzidos no mercado de segunda mão através de uma loja caritativa no Porto.

Caso contrário, os artigos podem ser devolvidos ao cliente, doados a instituições de caridade ou enviados para reciclagem a fim de criar novos produtos, como por exemplo enchimento para almofadas.

«Todos os anos são enviadas oito toneladas de resíduos têxteis para a lixeira. Através de um programa tão simples, rápido e seguro de usar como o Sell 1 Buy 1, podemos trabalhar em conjunto para reduzir o nosso impacto no ambiente e avançar progressivamente rumo a uma economia circular», salienta o comunicado.

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