O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual foi comemorado em 13 de dezembro.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem mais de 6,5 milhões de habitantes com deficiência visual severa.
À CNN Rádio, no CNN no Plural, a coordenadora da Fundação Dorina Nowill para Cegos Regina Fátima Caldeira houve “grandes mudanças” e avanços no Brasil para a inclusão.
“A lei brasileira de 2015 garante acessibilidade para pessoas com deficiência em áreas como cultura, lazer e informação”, disse.
Ao mesmo tempo, porém, ela acredita que há muito espaço para avanços no que diz respeito à acessibilidade.
Segundo ela, são duas frentes principais.
“O nosso lema é ‘nada sobre nós sem nós’, já que pessoas acabam criando leis e projetos sem ouvir principais interessados, que são os que serão beneficiados.”
O outro lado é simples: “A gente tem que pensar que se as coisas nascerem acessíveis, tudo vai ser mais fácil.”
A prática da lei, no entanto, tem problemas, para Regina.
“Há barreiras atitudinais, as pessoas às vezes não conhecem o que é importante para as outras.”
A especialista deu como exemplo o fato de escolas não poderem rejeitar a matrícula de uma criança com deficiência visual.
“Isso é importante, mas a escola tem que estar preparada, o ambiente e a comunidade, para entender as necessidades desse aluno com deficiência.”
O mesmo acontece no mercado de trabalho, que não pode simplesmente “cumprir uma cota”, já que as pessoas precisam ser capazes de “mostrarem seu potencial completo”.
*Com produção de Amanda Alves
Por: Amanda Garcia da CNN