sexta-feira,22 novembro, 2024

Há barreiras atitudinais para inclusão de deficientes visuais, diz especialista

O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual foi comemorado em 13 de dezembro.

De acordo com o IBGE, o Brasil tem mais de 6,5 milhões de habitantes com deficiência visual severa.

À CNN Rádio, no CNN no Plural, a coordenadora da Fundação Dorina Nowill para Cegos Regina Fátima Caldeira houve “grandes mudanças” e avanços no Brasil para a inclusão.

“A lei brasileira de 2015 garante acessibilidade para pessoas com deficiência em áreas como cultura, lazer e informação”, disse.

Ao mesmo tempo, porém, ela acredita que há muito espaço para avanços no que diz respeito à acessibilidade.

Segundo ela, são duas frentes principais.

“O nosso lema é ‘nada sobre nós sem nós’, já que pessoas acabam criando leis e projetos sem ouvir principais interessados, que são os que serão beneficiados.”

O outro lado é simples: “A gente tem que pensar que se as coisas nascerem acessíveis, tudo vai ser mais fácil.”

A prática da lei, no entanto, tem problemas, para Regina.

“Há barreiras atitudinais, as pessoas às vezes não conhecem o que é importante para as outras.”

A especialista deu como exemplo o fato de escolas não poderem rejeitar a matrícula de uma criança com deficiência visual.

“Isso é importante, mas a escola tem que estar preparada, o ambiente e a comunidade, para entender as necessidades desse aluno com deficiência.”

O mesmo acontece no mercado de trabalho, que não pode simplesmente “cumprir uma cota”, já que as pessoas precisam ser capazes de “mostrarem seu potencial completo”.

*Com produção de Amanda Alves

Por: Amanda Garcia da CNN

Redação
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