A Roche Brasil, a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e a organização Health Level Seven – Brasil (HL7) assinaram um acordo de intenção para a criação do Board de Dados em Saúde. A iniciativa tem como objetivo reunir diferentes agentes do setor da saúde para o diálogo e desenvolvimento de ações de responsabilidade compartilhada que impulsionem a implementação da Estratégia de Saúde Digital (2020 – 2028), sobretudo no que se refere aos pilares quatro e seis, “usuários como protagonista” e “ambiente de interconectividade”, respectivamente.
“Destravar o potencial da digitalização na saúde no Brasil é um desafio complexo que perpassa por diferentes necessidades, como capacitação de recursos humanos, adaptação de linguagem, uniformidade de sistemas e a padronização com guias internacionais – isso em um país de dimensões continentais que ainda sofre com iniquidades significativas no acesso à tecnologia”, destaca Antonio Lira, Presidente da SBIS.
Para isso, o Board vai fomentar pesquisas, diagnósticos, eventos, publicações e iniciativas conjuntas, de modo a impulsionar a implementação de soluções em interoperabilidade e padronização de dados. Dessa forma, o grupo vai trabalhar em ações que estimulem a integração de dados nos três níveis de atenção e assistência à saúde no Brasil e, assim, impulsionar o desenvolvimento de soluções escalonáveis que colaborem com o fortalecimento da política de saúde digital no Brasil. Essas ações vão contribuir para que haja mais eficiência e sustentabilidade aos sistemas de saúde e para a melhoria da jornada de cuidado aos pacientes brasileiros.
“Dedicar um grupo de trabalho multidisciplinar para se debruçar sobre os dados de saúde do Brasil é muito relevante para que possamos gerar evidências, soluções e inteligência para o país tomar as melhores decisões de forma mais rápida. Parcerias público-privadas têm potencial para, por meio da colaboração, alavancar políticas públicas relacionadas à digitalização da saúde, promovendo melhores desfechos aos pacientes e insights para uma gestão mais sustentável do setor”, diz Antônio Silva, diretor de Acesso à Saúde da Roche.
As instituições vão trabalhar a partir de três principais pilares: interoperabilidade de dados clínicos do sistema de saúde público e complementar, melhorando a jornada do paciente e a gestão pública e das operadoras; modelos de dados por linha de cuidado e medicina baseada em valor. As informações provenientes dos projetos poderão ser compartilhadas com entidades do setor, a fim de gerar inteligência para regulação do sistema de saúde público e complementar.
“Esperamos que mais parceiros se juntem a esta iniciativa para que juntos possamos transformar a cultura de uso de dados em saúde no Brasil, tornando os pacientes mais cientes e participativos quanto ao compartilhamento, subsidiando a tomada de decisões no ambiente público e privado e gerando mais eficiência à nação”, finaliza Guilherme Zwicker, presidente da HL7.