Governança contará com representantes do Governo, Sebrae e ecossistemas locais
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Allan Kardec, afirma que Mato Grosso sai na frente entre os Estados do país ao criar uma governança própria responsável por desenvolver os ecossistemas inovadores em âmbito estadual.
Segundo ele, o ineditismo se deve ao fato de que a Governança de Mato Grosso foi instituída com objetivo de potencializar de forma sistematizada e a longo prazo as ações de inovação em todo o Estado. Também reunirá as quatro hélices do ecossistema: poder público, universidades, sociedade civil e empresas.
“Mato Grosso, através do Governo, se consolida como ator nacional no campo da inovação. Temos um Estado que tem como marca a estabilidade, o crescimento e que nunca investiu tanto em inovação como está sendo feito no momento”, afirma Allan.
A Governança Estadual de Mato Grosso foi criada através da portaria nº 167/2024/Seciteci/MT, assinada no mesmo dia em que foi anunciado o Pacto pela Inovação, firmado entre Governo, 13 ecossistemas municipais e Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas de Mato Grosso (Sebrae-MT).
Segundo Allan, a Governança será responsável por apoiar o Pacto pela Inovação do Estado. “Vamos convidar os atores da inovação e reunir esforços para implementar ações que fortaleçam o ecossistema. Por isso, é tão importante termos uma Governança para ajudar na condução desse processo”, diz.
Renata Queiroz, sócia de GovTech no b/luz e consultora do Sebrae, ressalta que as governanças são grupos que refletem as três ou quatro hélices do ecossistema de inovação.
“Temos governanças em municípios, porém nenhum outro Estado tinha parado para constituir esse grupo para poder focar no desenvolvimento da inovação com visão estratégica estadual. Aí está o benefício de se ter uma governança. Quando a gente promove essa governança e todas essas hélices juntas, temos os representantes dos ecossistemas, vamos ter condições de pensar o posicionamento e desenvolvimento da inovação do Estado”, completa Renata.
Segundo a consultora, a decisão do governo, capitaneada pela Seciteci, facilita o desenvolvimento e potencializa as ações. “Nenhum outro Estado tem isso. Pacto pela inovação outros estados têm e esses pactos geralmente têm governança para geri-lo. Mas Mato Grosso foi inédito e visionário porque o pacto é só um instrumento para desenvolver a inovação, enquanto a governança pode desenvolver muitas outras ações além de gerir o pacto”, avalia Renata.
De acordo com Renata, serão criados grupos de trabalho para efetivar os trabalhos previstos. Isso porque o objetivo do grupo é trabalhar com uma visão de longo prazo, planejando estrategicamente o futuro para poder influenciá-lo.
A Governança Estadual terá como representante Eloísa Regina Garcia. “Nosso papel é apostar na inteligência coletiva e construir em conjunto esse modelo em que fomos pioneiros no país”.
A Governança reunirá representantes da Seciteci, Parque Tecnológico de Mato Grosso, Sebrae/MT e quatro representantes dos 13 ecossistemas de inovação de Mato Grosso (Alta Floresta, Baixada Cuiabana, Barra do Garças, Cáceres, Diamantino, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Juína, Nova Mutum, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop e Sorriso).
Téo Meneses | Seciteci