O Governador Mauro Mendes (DEM), classificou a postura do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), como uma pessoa despreparada, irresponsável e está politizando a pandemia. Por não seguir o decreto estadual, com medidas mais restritivas na prevenção à covid-19.

O Governo do Estado emitiu uma nota na noite desta terça-feira (02), lamentando a conduta que o prefeito de Cuiabá está fazendo com toda a população, visto que agora é momento de unir os Poderes no combate da pandemia causada pelo novo coronavírus, à Covid-19.

Os demais prefeitos de Mato Grosso, declararam seguir o decreto estadual 836/2021, que estabelece medidas mais restritivas para conter a pandemia da Covid-19.

As normas passam a valer a partir de hoje, quarta-feira (03.03). As medidas são impositivas para todo o estado e valem por 15 dias. As regras podem ser prorrogadas, endurecidas ou flexibilizadas, conforme o resultado obtido.

Para o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, o endurecimento é necessário, uma vez que a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes da Covid-19 cresce em ritmo alarmante. Somente nesta terça-feira (02.03), a ocupação das UTI está em 88% no Estado de Mato Grosso.

“A vida em primeiro lugar e todos devem caminhar em um mesmo sentido. Também não podemos deixar de cuidar de outros setores, que mantêm a economia funcionando e os investimentos necessários, mas é preciso que as medidas tenham o resultado esperado para que possamos vencer essa doença”, afirmou Baracat.

Já o prefeito de Araguaiana, Getúlio Dutra Vieira Neto, afirmou que seguirá o decreto estadual na íntegra. “O governador está de parabéns, pela coragem, atitude e sensibilidade neste momento. Tem todo meu apoio”.

Declararam seguir as determinações estaduais também, os prefeitos de Tangará da Serra, Vander Masson, e de Nova Xavantina, João Machado Neto, o João Bang.

“O governador está tomando uma decisão certa. Precisamos ‘arrochar’ e o município de Nova Xavantina está à disposição para seguir o governo nessas determinações. Ou tomamos essa decisão agora, ou entraríamos em um caos”, disse João Bang.

“Os municípios têm que manter as medidas restritivas determinadas pelo governo, mas também podem analisar os números e decidir por mais restrições, se for necessário”, pontuou Vander Masson.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, sugeriu uma força-tarefa com a participação das Polícias Militar e Civil para que as medidas sejam efetivamente cumpridas nos municípios.

“Os prefeitos estão preocupados com o crescimento no número de casos de Covid-19 e as medidas anunciadas são necessárias para conter a disseminação da doença. Se não tivermos essas medidas, teremos um caos igual ocorreu no Amazonas. Precisamos muito que essas medidas sejam implementadas. Esperamos que daqui a duas semanas a situação esteja melhor e para isso contamos com o apoio do Governo para que as regras sejam cumpridas, conscientizando a população, a classe empresarial e os demais segmentos locais”, afirmou Neurilan.

“Quando Cuiabá registrou o primeiro caso de coronavírus, há exato um ano, a decisão da Prefeitura de Cuiabá foi de fechar tudo e instaurar um lockdown total no município. Agora, com um cenário crítico, a decisão foi flexibilizar. Infelizmente, o prefeito continua cometendo erros, mostrando total despreparo e irresponsabilidade, o que poderá provocar a morte de muitos cuiabanos”, afirmou o governador Mauro Mendes.

Conforme a nota, a discussão sobre a validade dos decretos deve ser definida pela Justiça “Caberá ao Ministério Público e ao Judiciário decidir o que deverá prevalecer na cidade de Cuiabá”.

Para o prefeito Emanuel Pinheiro, ele não tem o dever de seguir o decreto do Governo do Estado e que está respaldado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para aplicar o que achar necessário em Cuiabá.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Governo de Mato Grosso lamenta a forma como a Prefeitura de Cuiabá politiza e trata a situação da Covid-19.
Hoje, Mato Grosso tem 88% das vagas de UTIs no Estado ocupadas e alcançou a marca de 253.783 casos e 5.864 óbitos.
Quando Cuiabá registrou o primeiro caso de coronavírus, há exato um ano, a decisão da Prefeitura de Cuiabá foi de fechar tudo e instaurar um lockdown total no município. Agora, com um cenário crítico, a decisão foi flexibilizar.
Infelizmente, o prefeito continua cometendo erros, mostrando total despreparo e irresponsabilidade, o que poderá provocar a morte de muitos cuiabanos.
Caberá ao Ministério Público e ao Judiciário decidir o que deverá prevalecer na cidade de Cuiabá.

Fonte: Governo de MT

Da redação – Elisa Ribeiro

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