Conhecido por ser aliado entusiasta do presidente Jair Bolsonaro, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), virou alvo nesta quarta-feira (2/6) da operação da Polícia Federal que investiga irregularidades na construção do hospital de Campanha Nilton Lins, usado para atender pacientes com COVID-19 no estado.

São cumpridos seis mandados de prisão temporária, sendo um deles contra o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo e 19 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) além de sequestro de bens e valores que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24. Os policiais estiveram na casa do governador Wilson Lima (PSC), que enfrentará um julgamento de denúncia ainda hoje no STJ.

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado.

As irregularidades envolvem os contratos do hospital de campanha nas áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas. “Os serviços são prestados contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados”, diz a nota da PF. Segundo as investigações, o local não atende às necessidades básicas de assistência de combate à covid e ainda coloca os funcionários em risco de contaminação.

Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

Fonte: Correio Braziliense
Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

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