sábado,16 novembro, 2024

Google e a Otimização de Semáforos: Uma Solução Inteligente para o Trânsito Urbano

Não há dúvida de que os semáforos são essenciais para regular o tráfego nas nossas cidades e melhorar a segurança de condutores e peões. No entanto, o crescimento dos centros urbanos e as novas dinâmicas de mobilidade tornam cada vez mais complexa a otimização do seu funcionamento.

Um sistema de semáforos que não está sincronizado pode produzir ou agravar uma vasta gama de cenários desfavoráveis, desde o congestionamento do tráfego e acidentes rodoviários até à poluição atmosférica e sonora. O Google, consciente desta realidade, quer ajudar as cidades a mudar esta situação.

Google e as suas iniciativas de mobilidade

Quando se trata de mobilidade, a Google tem várias iniciativas em curso. Uma das mais conhecidas é a Waymo, através da qual desenvolve carros autónomos. Mas hoje vamos falar sobre o Green Light, um projeto que procura otimizar os semáforos utilizando inteligência artificial e o Google Maps.

A gigante de Mountain View, através do seu laboratório de pesquisa, desenvolveu uma solução que pretende ser versátil e conveniente para todo o tipo de cidades. Uma das vantagens é que não requer hardware adicional e as autarquias podem fazer ajustes nos seus sistemas de sinalização rodoviária existentes.

Como funciona o Green Light?

O Green Light funciona através de quatro eixos importantes. Em primeiro lugar, analisa as interseções da cidade em questão para deduzir os parâmetros dos semáforos existentes. Para isso, a Google recorre à sua vasta experiência em mapeamento de cidades para alimentar o Google Maps.

Os dados obtidos incluem a duração do ciclo do semáforo, tempo de transição, divisão verde (ou seja, tempo e ordem do direito de passagem), coordenação e operação do sensor.

O passo seguinte consiste em monitorizar e compreender as tendências do tráfego. Aqui entra em jogo um modelo de IA que ajuda a compreender os padrões locais, como os momentos de arranque e paragem e tempos de espera médios nas interseções. Esta dinâmica é avaliada em diferentes partes do dia, por exemplo, hora de pico.

Depois de recolher todas estas informações, a Google Research utiliza algoritmos de IA para identificar possíveis ajustes na sincronização dos semáforos. Quando a tarefa está concluída, a empresa partilha estas recomendações com os responsáveis pelo tráfego da cidade para que possam implementá-las se assim o considerarem.

Impacto do Green Light

A iniciativa Green Light não termina aqui. A Google promete continuar a monitorizar as tendências de tráfego da cidade para identificar se os ajustes resultaram numa melhoria real e para aprimorar os seus métodos existentes. Além disso, a empresa utilizará modelos de IA para calcular o impacto climático das mudanças sugeridas à autarquia.

Este último ponto é de facto muito relevante. A iniciativa da Google já começou a ser implementada em uma dúzia de cidades do mundo e os dados iniciais sugerem que os ajustes reduziram até 10% as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, isto traduz-se numa economia de combustível para os condutores.

Na minha opinião, esta é uma abordagem inovadora e necessária para enfrentar os desafios da mobilidade urbana. A implementação bem-sucedida desta iniciativa em várias cidades do mundo mostra o potencial da tecnologia para melhorar a nossa qualidade de vida e proteger o meio ambiente. No entanto, é importante que continuemos a monitorizar e avaliar o impacto destas soluções para garantir que estão a cumprir os seus objetivos e a beneficiar todos os cidadãos.

Por: Tiago Carvalho

Redação
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