O gestor ambiental é treinado para administrar recursos naturais. Basicamente, esse profissional precisa garantir que as atividades econômicas, públicas ou privadas, sejam realizadas de maneira sustentável. Para isso, ele deve entender o impacto ambiental de cada atividade para o ar, o solo, a água, a fauna e a flora.
Em um mundo onde cada vez mais empresas e até o governo prezam pelos selos de sustentabilidade ambiental na hora de fechar acordos, a gestão ambiental é uma carreira em ascensão. Um especialista pode atuar em diversas áreas, sempre garantindo que a instituição para a qual trabalha realize ações e proponha alternativas para que sejam reduzidos os impactos socioambientais da própria atuação.
Entenda melhor o papel de um gestor ambiental e saiba as especificidades dos cursos e das áreas de atuação.
Possibilidades de atuação para o gestor ambiental
O gestor ambiental pode iniciar projetos do zero, desenvolvendo toda a forma como uma empresa, uma instituição e até mesmo uma fazenda vai atuar, visando causar o mínimo de danos ao meio ambiente. Isso pode ser feito por meio de monitoramento de índices de poluição gerados, de resíduos e esgoto, da análise de níveis de consumo de energia, entre outros.
Também pode ser contratado para recuperar áreas e populações animais afetadas por alguma atividade específica. Nesses casos, o profissional cria um projeto para mitigar os problemas causados por uma gestão anterior e melhorar, como for possível, o meio ambiente do território em questão.
Outra área de atuação possível é no licenciamento ambiental. De acordo com a legislação ambiental brasileira, algumas atividades só podem ser exercidas legalmente quando atendem a determinadas imposições dos órgãos competentes. O gestor ambiental pode, então, coordenar equipes que fiscalizem a adequação dos empreendimentos à lei. Atividades como postos de gasolina, extração de minerais, agropecuárias e estações de águas são algumas das que necessitam de licença ambiental para atuar.
O gestor ambiental também pode oferecer consultoria ambiental, prestando serviços a empresas e outros contratantes que queiram adequar as atividades às melhores práticas ambientais, podendo atuar em todo o processo produtivo, desde o planejamento até a gestão de resíduos.
Em fazendas, esse profissional deve melhorar a produtividade enquanto garante que ocorra o menor impacto ambiental possível. Assim, pode atuar desde a melhor escolha para cultivos, no manejo de fertilizantes e outros insumos e na gestão de resíduos até na conservação de recursos naturais.
Tecnólogo ou bacharel?
Para se tornar gestor ambiental é preciso realizar um curso superior bastante abrangente no qual são abordadas disciplinas como Cartografia, Avaliação de Impacto Ambiental, Recursos Hídricos, Recuperação de Áreas Degradadas, Energia e outras de Física, Biologia, Ecologia, Segurança e Saúde, Estatística.
Atualmente, no Brasil, existem duas modalidades do curso de Gestão Ambiental: bacharelado e tecnólogo. O primeiro tem duração de quatro anos e maior riqueza de detalhes nas matérias, por isso é mais denso no nível teórico, dando mais subsídios para alunos que queiram ser especialistas na área, sendo também indicado para quem quer seguir a carreira acadêmica e lecionar, por exemplo.
O curso de tecnólogo tem enfoque mais prático, com duração que varia de acordo com a instituição e pode demorar de dois anos a três anos até a formação. Esse modelo leva o aluno para situações mais práticas que podem aparecer no dia a dia profissional. Vale ficar atento, porque algumas vagas de trabalho podem exigir especificamente um dos tipos de curso.
Fonte: Guia da Carreira, Vgr resíduos, Quero Bolsa, Unopar, Carreiras e Profissões, Bureau Veritas, Dia de Campo
Por: Canal Agro Estadão