Garoto de 9 anos cria game que incentiva reflorestamento

Do virtual ao real: a cada 10 árvores plantadas no jogo de Ivan Neves, uma árvore será plantada por empresas anunciantes

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Em meio às mudanças climáticas radicais e um cenário grave de desmatamento não só na América Latina como em terras brasileiras, alguns projetos de reflorestamento tentam conscientizar o público sobre a importância de preservar o meio ambiente e lutar pela saúde das florestas originárias. Um deles foi desenvolvido por Ivan Neves, de 9 anos, aluno da codeBuddy, escola de tecnologia especializada em programação, robótica e segurança digital para crianças e jovens de 7 a 16 anos. O garoto criou um game no qual o jogador planta árvores virtuais e pode também contribuir para a plantação de árvores na vida real.

O diferencial do projeto é envolver diretamente as empresas, que de acordo com dados do jornal britânico The Guardian, são responsáveis por mais de 480 bilhões de toneladas de dióxido de carbono e de metano liberadas na atmosfera nos últimos 40 anos. 

“No meu projeto, a cada dez árvores virtuais plantadas, uma vai ser plantada na vida real. Ela será plantada pelos anunciantes do game toda vez que algum usuário vencer. As empresas vão poder participar colocando os anúncios delas dentro do jogo, o que vai ajudar todo mundo na vida real também”, explicou Ivan, que criou o game com o objetivo de ajudar o planeta.

“Uma árvore é a forma mais eficiente de salvar a natureza. Ela diminui o ruído, purifica o ar, é um abrigo para vários animais. Dessa forma todo mundo pode ajudar o planeta, e qualquer pessoa pode jogar, porque o jogo é simples e para todas as idades”, completou o mineiro.

A iniciativa de Ivan é especialmente importante dentro do cenário atual de crise ambiental no Brasil. De acordo com informações oficiais do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a Amazônia perdeu cerca de dez mil quilômetros quadrados de floresta entre agosto de 2020 e julho de 2021, meses em que se mede o desmatamento. A taxa é 57% maior que a da temporada passada, além de ser a pior dos últimos dez anos. Nesse cenário, é essencial que a preocupação com o meio ambiente seja despertada nas crianças o mais cedo possível, criando adultos preocupados em reverter a situação e cuidar do planeta para as próximas gerações.

O envolvimento de crianças e adolescentes no assunto pode ser ainda mais aproveitado a partir do conhecimento da programação, que dá as ferramentas tecnológicas necessárias para a criação de plataformas independentes, apps e games como o de Ivan.  A ideia da codeBuddy é oferecer ensino personalizado, colocando o aluno como protagonista do próprio aprendizado e fazendo com que o interesse desperte da própria criança.

O contato com esse tipo de aprendizado ajuda no desempenho em sala de aula, auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático e cria mecanismos naturais para uma inserção posterior no mercado de trabalho. A importância da programação para crianças e jovens é uma tendência mundial. Atualmente, o sistema de ensino público norte-americano espera que a ciência da computação seja matéria obrigatória no ensino médio nos próximos anos.

Em outubro, a codebuddy lança um curso rápido chamado ‘Wayfinding: Reprogramando o Futuro’, que conta com uma grade de quatro semanas e uma carga horária de 1h30min por semana, totalizando 6 horas de imersão e aprendizado: a intenção é que, a partir dessa experiência curta, crianças e pais decidam quais os interesses dos filhos. Para isso, a empresa oferece uma plataforma de ensino com material didático e foco em desenvolvimento de habilidades, incentivando a criatividade e a resolução de problemas. A ideia é que a criança aprenda a pensar por si própria e tenha autonomia na hora de resolver os problemas.

Para crianças que se interessam pelo meio ambiente e outras questões sociais e políticas, a programação pode oferecer ferramentas para que elas possam participar ativamente na sociedade e ter voz ao lado de seus colegas de escola. O estudo da disciplina também ajuda no desenvolvimento neurológico, contribuindo para o desenvolvimento escolar e a preocupação a longo prazo com questões sociais.

Fonte: Terra

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