sexta-feira,22 novembro, 2024

Futuro da inteligência artificial é o raciocínio e o planeamento, OpenAI e Meta vão lançar novos modelos de linguagem

Meta de Mark Zuckerberg promete “descobrir como fazer com que esses novos modelos não apenas falem, mas realmente raciocinem, planeiem e consigam ter memória”

“Estamos a trabalhar para levarmos as máquinas ao próximo nível de inteligência.” A declaração é de Yann LeCun, o cientista-chefe de IA da Meta, dona do Facebook, Instagram ou WhatsApp. Mas a Meta não é o único gigante da tecnologia a prometer novidades (em breve) no futuro da inteligência artificial, como avança o “Financial Times”.

Outros, como a Google, Anthropic, Cohere e OpenAI (responsável pelo ChatGPT e apoiada pela Microsoft) têm levantado o véu sobre o que aí virá: novos modelos de linguagem, lançados durante 2024, capazes de racionar e planear, aproximando (ainda mais) a inteligência artificial da cognição humana, sendo possivelmente indistinguível o que é humano e o que é “máquina” na produção de informação.

Joelle Pineau, vice-presidente de pesquisa de IA da Meta, garantiu que a sua empresa deve apresentar “nas próximas semanas” o novo modelo Llama 3, respondendo a OpenAI através de Brad Lightcap, diretor de operações, que prometeu o GPT-5 “para breve”.

Se Pineau promete “trabalhar arduamente” para “descobrir como fazer com que esses novos modelos não apenas falem, mas realmente raciocinem, planeiem e consigam ter memória”, Lightcap garantiu que uma futura versão do GPT resolverá “problemas difíceis e tarefas complexas”, explicando que “ainda só estamos a arranhar a superfície da capacidade que esses modelos têm de raciocinar”.

Brad Lightcap considera que estes sistemas atuais, e embora capazes de criar palavras, imagens ou códigos semelhantes aos humanos, “ainda são bastante limitados” e apenas são “realmente bons em pequenas tarefas pontuais”. “Se queremos os modelos a avançar para tarefas mais longas e mais complexas, isso exige implicitamente a melhoria da sua capacidade de raciocinar”, explicou o diretor de operações da OpenAI.

Antecipando a denominada “inteligência artificial geral”, ou seja, cognição ao nível dos humanos, Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta, elucidou que os presentes sistemas de IA “produzem uma palavra após outra, após outra, mas realmente sem pensar, sem planeamento”. Assim, sem saber lidar com questões mais complexas ou reter informação por um longo período de tempo, ainda “cometem erros estúpidos”.

LeCun deseja, pois, que brevemente a inteligência artificial “planeie sequências de ações” e “construa um modelo mental de qual será o efeito dessas ações”. A Meta pretende incluir o novo modelo Llama 3 por exemplo no WhatsApp e também nos seus óculos inteligentes Ray-Ban.

Tiago Palma

Redação
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