Com um aumento de mais de 10 milhões de pessoas habilitadas a pilotar máquinas, tendo passado de 24,9 milhões de pessoas em 2013 para 36,9 milhões em 2023 com a CNH na categoria A, os motociclistas encontram nas duas rodas uma mobilidade prática e econômica. Casos de fraudes no exame dessa mesma CNH, no entanto, colocam em risco não só a vida de quem está ao volante, mas, muitas vezes, dos próprios pedestres, que passam a dividir as ruas com pessoas despreparadas, que não se prepararam adequadamente para as duas rodas.
Em todo o país, denúncias de fraudes na prova têm feito os Detrans apostarem em tecnologias mais rígidas e também buscarem auditorias mais eficazes para a realização do exame. Algumas dessas denúncias, por exemplo, dizem respeito a autoescolas que oferecem um preço menor que o da concorrência, mas sem as aulas necessárias (e obrigatórias) para a obtenção da CNH na categoria A (motociclistas). Outras, que oferecem as aulas, mas em quantidade menor que a prevista ou mesmo com instrutores que acessam o sistema simulando a presença do aluno.
Enquanto aumento o número de motoristas de duas rodas, cresce também a necessidade de se conscientizar a população de vias seguras com a pilotagem consciente. Alguns estados, como Maranhão e Ceará, têm transformado a preocupação em medidas mais eficazes, com a adoção de inteligência artificial como aliada à segurança. Em nota, o Sindicato das Autoescolas do Ceará (Sindcfcs/CE) declarou que repudia veementemente e não compactua com quaisquer práticas ilícitas de tentativa de fraude ou irregularidades no processo de retirada da CNH de qualquer categoria.
“Todas as autoescolas credenciadas são orientadas a proceder de forma legal, seguindo as exigências e protocolos dos órgãos de trânsito. Obter a habilitação da forma correta e em autoescolas confiáveis é a forma mais segura para todos”, declarou o presidente do SINDCFCS. José Eliardo Martins.