sexta-feira,22 novembro, 2024

Fazendas de energia solar no espaço são comercialmente viáveis, comprova estudo

A energia solar gerada no espaço pode ser uma alternativa importante na luta contra a crise climática

Um estudo inédito, realizado por cientistas da Universidade de Surrey e da Universidade de Swansea, no Reino Unido, aponta que os parques de energia solar no espaço são uma opção viável para a geração de energia renovável na Terra. A descoberta abre caminho para a potencial aplicação comercial da tecnologia, vista como uma alternativa promissora na luta contra a crise climática.

Segundo o The Next Web, os pesquisadores monitoraram o desempenho dos painéis solares instalados em um satélite durante um período de seis anos e 30 mil órbitas. Como resultado, a experiência mostrou que é realmente viável produzir painéis solares leves e de baixo custo que possam gerar energia no espaço.

“Estamos muito satisfeitos que uma missão projetada para durar um ano ainda esteja funcionando depois de seis anos”, disse Craig Underwood, professor emérito de engenharia de naves espaciais no Centro Espacial da Universidade de Surrey, na Inglaterra. “Esses dados detalhados mostram que os painéis resistiram à radiação, e que sua estrutura de película fina não se deteriorou mesmo com as duras condições térmicas e de vácuo no espaço.”

Para o estudo, os pesquisadores desenvolveram um novo tipo de tecnologia de células solares usando telureto de cádmio, um composto químico cristalino. Para os especialistas, em comparação com as alternativas atuais, esses painéis são mais leves e conseguem cobrir áreas maiores, além de serem mais potentes e relativamente mais baratos de produzir.

A Universidade de Surrey também desenvolveu os instrumentos que mediram o desempenho do painel em órbita. O próprio satélite foi projetado e construído no Centro Espacial de Surrey, em colaboração com engenheiros estagiários da Agência Espacial Argelina (ASAL).

Os dados coletados não mostraram nenhum tipo de falha do material ou deterioração, no entanto, a eficiência da produção de energia diminuiu ao longo do tempo. Segundo os pesquisadores, esses resultados comprovam a “solidez básica” para o uso da tecnologia no espaço.

A ideia de aproveitar a energia solar do espaço e entregá-la de volta à Terra tem ganhado força nos últimos anos, como resposta à crise climática. A luz solar é, em média, 10 vezes mais intensa no topo da atmosfera do que na Terra, e aproveitar essa energia a partir do espaço seria mais eficiente em comparação com as soluções solares intermitentes e dependentes do clima no planeta.

Embora ainda existam desafios tecnológicos a serem superados, diversos países estão seguindo com projetos para conseguir a chamada energia solar baseada no espaço (SBSP), com a Agência Espacial Europeia (ESA) também trabalhando em um projeto próprio, o Solaris.

Fonte: Época Negócios

Redação
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