De smartphones a consoles de jogos, passando por automóveis, muitos setores enfrentam problemas de fornecimento de semicondutores há vários meses. Esses materiais, como o silício, são indispensáveis para setores inteiros da indústria global e estão integrados em muitos objetos do nosso cotidiano, como nos chips de aparelhos.

— Por se tratar de um setor que exige muito investimento, as empresas às vezes optam por se especializar em pesquisa ou produção em “escala nacional” — explica Mathilde Aubry, professora de economia da escola de negócios EM Normandie, na França.

Os principais fabricantes estão em Taiwan (TSMC) e na Coréia do Norte (Samsung e SK Hynix). Os Estados Unidos têm outro player importante no setor, a Intel.

Por outro lado, a Europa optou pela pesquisa e têm poucas capacidades de produção.

Entre os setores mais afetados estão aqueles que produzem equipamentos tecnológicos como computadores e celulares. A falta de alguns chips também é citada como motivo das dificuldades em obter o novo PlayStation 5 da Sony e o último Xbox da Microsoft.

Mas hoje, o setor automotivo é a vítima mais visível com a produção, por exemplo, bloqueada em uma fábrica francesa da Stellantis e desacelerada nas fábricas da General Motors e da Ford nos EUA.

Globalmente, a escassez de semicondutores deve “reduzir o volume de produção em cerca de 2% este ano” no setor automotivo global, estima o analista da Moody’s Matthias Heck em uma nota.

Alguns fabricantes de eletrodomésticos também estão começando a ter dificuldades de fornecimento.

Falta

Os fabricantes de chips enfrentaram um aumento na demanda por eletrônicos. Computadores e consoles de jogos estão em alta demanda no contexto da pandemia, que impulsionou o teletrabalho e o entretenimento doméstico.

Via O Globo

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