Pesquisa da BossaBox revela que 83% dos líderes de produto e tecnologia enfrentam entraves para formar equipes eficazes
A contratação de profissionais de tecnologia permanece como um dos principais gargalos para empresas que buscam inovação e crescimento digital. Segundo o Leading Tech Report, levantamento realizado pela startup BossaBox, 83% dos gestores de Produto e Tecnologia relatam dificuldades para contratar. O estudo ouviu líderes de grandes empresas e scale-ups brasileiras e mapeou os principais entraves enfrentados por quem conduz a transformação digital nos negócios.
Um dos destaques da pesquisa é o desafio na identificação de talentos qualificados. Para 32% dos entrevistados, a escassez de profissionais capacitados é o maior problema no processo seletivo. A rápida evolução do setor, aliada à alta demanda, amplia a distância entre oferta e necessidade técnica.
A complexidade do cenário se acentua diante da concorrência por especialistas, apontada como fator relevante por parte dos respondentes. Grandes empresas, startups e scale-ups competem por um número limitado de profissionais com domínio das tecnologias mais exigidas, como inteligência artificial, ciência de dados, arquitetura de software e desenvolvimento ágil.
Além disso, 25% dos líderes citaram os salários elevados como barreira adicional. A valorização da mão de obra especializada, impulsionada por um mercado aquecido, representa um desafio orçamentário, especialmente para empresas de menor porte ou com margens reduzidas. Com isso, equilibrar investimento em pessoal e sustentabilidade financeira se torna um exercício delicado.
O modelo de trabalho tradicional também é questionado pelos profissionais. A busca por flexibilidade, possibilidades de crescimento e aprendizado contínuo tem levado muitos talentos a preferirem regimes alternativos de contratação, como o trabalho freelancer. Nesse contexto, modelos baseados em squads sob demanda ganham força como alternativa estratégica.
A BossaBox, por exemplo, aposta na formação de times com especialistas independentes, chamados de Prolancers, alocados conforme as necessidades dos projetos. A curadoria desses profissionais é realizada com base em critérios técnicos e metodologias ágeis, com acompanhamento constante para garantir a entrega e o alinhamento com os objetivos das empresas contratantes.De acordo com o CEO da BossaBox, André Abreu, a adoção desse formato permite acesso rápido a conhecimento específico e reduz o tempo de contratação. Ainda segundo ele, companhias que adotam estruturas mais dinâmicas conseguem responder com maior agilidade às demandas do mercado e driblar os gargalos do modelo tradicional de recrutamento.
Por Tiago Souza