A dificuldade de projetar com precisão o comportamento futuro da área econômica no Brasil, mesmo em períodos curtos, tem levado especialista a agirem com cautela ao traçar possíveis cenários. No entanto, apesar da incerteza sobre os possíveis acertos – a análise do momento econômico de Cuiabá ajuda a projetar as tendências, facilitando o ajuste de possíveis medidas futuras com foco no desenvolvimento comercial como um todo.
Para este ano, de acordo com Vivaldo Lopes, escritor, economista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso. Pós-graduado em MBA- Gestão Financeira Empresarial pela FIA/US com vasta experiência profissional na área em âmbito nacional. A expectativa é que a conjuntura do cenário da capital aponta para um crescimento no setor de serviços, algo já caracterizado como ponto forte da economia cuiabana.
“A capital apresenta a indústria como característica. Mas temos a maior quantidade de indústrias do Estado em Cuiabá e o setor de serviços mais forte também”. “Cuiabá se destaca na prestação de serviços de ensino e educação. Tem as maiores e melhores centros universitários; excelência em ensino médio; centros de serviço de saúde; em turismo; tem o receptivo com a maior base de hotelaria e o maior aeroporto do Estado”, aponta Vivaldo.
Segundo Vivaldo, Cuiabá precisa de fortalecer nas áreas de saúde, serviços, setor imobiliário. De comércio varejo e atacado, educação. Visto que é isso que faz com que a cidade tenha o maior PIB do Estado e ser a maior força econômica de Mato Grosso. Mas ressalta que é preciso que acompanhamento as inovações e se fortaleça com parte com aplicação de parte da riqueza do Estado, o agronegócio.
“Cuiabá nunca foi potência no agro. Precisamos ser atrativos para as pessoas virem aqui e se divertirem, ter uma boa rede de serviço na área de entretenimento. Ser referência com shoppings, para as pessoas virem consumir aqui, mesmo tendo bons serviços em Sorriso, Nova Mutum, Primavera, Lucas, dentre outros”, explica. “Ela fica para trás na área do agronegócio, mas ganha sendo uma grande ofertadora de serviço para o setor Agro, nesses pontos apontados. Vendemos muitos produtos e serviços de alta qualidade. O destino natural de Cuiabá é crescer e ser referência no setor de serviços”.
Lopes também classifica Mato Grosso como a maior força agropecuária do país. Se colocando como grande potência e locomotiva econômica do Estado com o agro. E inovador em tecnologia e pesquisa voltada para o segmento. “Mato grosso pesquisou e avançou para produzir culturas que aqui ainda não tinha, essa é a força do Estado hoje. A economia de Mato Grosso é um fenômeno nesse aspecto”, avalia.
A desigualdade foi outra variável identificada relacionada ao aspecto econômico do Estado, gerando dificuldades para garantir avanços. “Precisa evoluir com a desigualdade. Temos várias áreas com riquezas para serem exploradas, mas existem bolsões de pobreza. E Mato Grosso não industrializa tanto as produções. É produtor primário, e esse é o próximo salto qualitativo do Estado. Produzir bens industrializados”, finaliza Vivaldo.
O economista também traça o cenário para que a realidade atenda a sociedade mato-grossense de forma coletiva e democrática. “Sempre pensei que é preciso ter educação, absorver conteúdo, estudar. Depois dessa etapa e atuando profissionalmente vi que precisava liderar e influenciar pessoas como professor. Falando de inovações, fomentando conhecimento. Tive grandes experiencias que me fizeram deixar questões pessoais e me dedicar mais para questões voltadas para o bem social, produzir resultados”, declara.
“Mais importante que ter padrão de vida e acumular conhecimento é ajudar o Estado crescer em um esforço profissional para inovar e liderar para pessoa as poderem também olharem menos pra si e mais para o próximo, para Mato Grosso alcançar São Paulo, Santa Catarina como estado desenvolvido”, finaliza Vivaldo Lopes.
