Escolher uma profissão para seguir não é uma tarefa fácil, mas a melhor maneira de tomar essa decisão é conhecendo bem a vivência de
cada uma das opções consideradas. Aqueles que tem interesse no curso
de arquitetura e urbanismo, podem conferir agora algumas informações a respeito da rotina do curso.
Um arquiteto é o profissional responsável por projetar espaços como casas, prédios, órgãos públicos, bairros, praças e até cidades. É ele quem planeja as construções, cria as plantas, define os materiais e propõe soluções que vão ao encontro das necessidades dos clientes.
A arquiteta urbanista, mestre em conforto ambiental e eficiência
energética e coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo
da Universidade de Várzea Grande (Univag), Carmelina de Moraes, conta que o curso possui uma vasta área de atuação, mas dentre as principais estão: elaboração de projetos, projetos de interiores, projetos de patrimônio histórico, execução de obras na área
da engenharia e construção civil, orçamentos e quantificações, projetos
urbanos de parcelamento de solo e planos diretor para cidades. Segundo ela, o curso possui 10 semestres, totalizando 5 anos de duração e como trabalho de conclusão o aluno desenvolve um projeto de obra.
Carmelina explica sobre a área na qual é mestre. De acordo com ela,
a eficiência energética e conforto estuda de quais formas os projetos e
as construções podem utilizar mais os recursos naturais. O objetivo é fazer com que as edificações apresentem um bom desempenho e conforto térmico para os usuários, com um menor consumo de energia, focando em uma arquitetura sustentável. O uso de recursos naturais tem estado cada vez mais presente, afirma a mestre.
Uma dúvida frequente para os vestibulandos é a obrigatoriedade de
saber desenhar para iniciar o curso e, segundo Carmelina, a resposta é não.
O curso possui disciplinas relacionadas a área de história, representação gráfica, desenvolvimento de maquetes e cálculo. A profissão de arquiteto urbanista está em constante atualizações, pensando nisso, a Univag fornece em sua grade uma disciplina
chamada Materiais Contemporâneos, onde é feito um estudo para essas
atualizações. A coordenadora diz que durante o período pandêmico a busca por arquitetos urbanistas aumentou, pois, por conta do isolamento, as pessoas passaram muito tempo dentro de casa
e começaram a ter um outro olhar sob suas habitações, percebendo a
necessidade de investir nesses espaços para que fiquem mais confortáveis.
Ponto de vista
A estudante de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Larissa Millano, conta que durante a graduação os
alunos são estimulados a pensar em projetos que atendam as demandas dos clientes, mas que também beneficiem e
façam sentido para o município onde vivem.
A jovem de 23 anos, que atualmente está do 3º semestre, afirma que escolheu esse curso por conta de sua amplitude de possibilidades e por
oferecer áreas nas quais são possíveis praticar a criatividade de diversas formas. Larissa diz se interessar muito pela área de patrimônios históricos.
Nos primeiros semestres todos os desenhos são feitos manualmente e
futuramente os alunos vão aprendendo como utilizar os softwares, diz a
estudante. A prática manual serve para estimular a criatividade, mas a
chegada da tecnologia vem trazendo novas formas de trabalho, otimizando o tempo e reparando de forma minuciosa possíveis erros que antes poderiam passar despercebidos.
Larissa afirma que a presença da tecnologia no curso se tornou essencial, tanto na produção dos projetos quanto na apresentação para os clientes.
O mercado de trabalho para o profissional formado em arquitetura
encontra-se em expansão no país. A necessidade de conforto aumentou, o home office tornou-se uma realidade, entre várias outras mudanças que, provavelmente, vão perdurar durante muito tempo.
Por: Victória Oliveira