Empregos digitais pagam quase o dobro dos salários do mercado; veja principais áreas
Enquanto empregos tradicionais perdem espaço no Brasil, diante de um mercado de trabalho que vem sendo precarizado e tem alto índice de informalidade, os empregos digitais caminham na direção oposta.
Nos últimos anos, as ocupações relacionadas às atividades digitais vêm crescendo num ritmo superior às demais, e não à toa: pagam salários em média 94,4% maiores, segundo uma pesquisa do Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Ainda assim, diante de gargalos como a falta de capacitação e de mão de obra qualificada, representam apenas 3% das ocupações no País.
A pesquisa leva em conta as profissões essencialmente digitais, em áreas como programação, tecnologia da informação, análise de sistemas cibersegurança e automação de processos, com base em informações de 2020 — último dado disponível pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, que só será atualizado após o Censo de 2022.
“Não se trata de economia digital, e sim de digitalização da economia. Por isso, não estamos falando de serviços como motoristas por aplicativo, mas sim de como a tecnologia pode transformar o processo produtivo e torná-lo mais eficiente, trazendo mais produtividade e competitividade”, explica Tatiana Ribeiro, diretora-executiva do Movimento Brasil Competitivo.
Segundo a pesquisa, nos últimos cinco anos, as ocupações relacionadas às atividades digitais cresceram num ritmo 4,9% superior aos demais empregos. Mesmo assim, a representatividade dessas vagas ainda é tão pequena no mercado de trabalho por causa da falta de mão de obra qualificada para suprir toda a crescente demanda, afirma Tatiana.
“É uma demanda que exige capacitação de qualidade. A gente precisa da política pública alinhada, olhando para a demanda local, para que a gente possa formar pessoas nessa área de tecnologia e avançar nessa agenda. É um gargalo estrutural que o Brasil precisa enfrentar”, diz.
De acordo com o estudo, além dos salários mais altos, a produtividade dos empregos digitais é três vezes superior à das demais áreas. “Se a gente avança na ideia de conseguir resolver o gargalo da capacitação e coloca mais pessoas ligadas a essas áreas no mercado de trabalho, isso pode trazer um ganho de produtividade para a economia como um todo, que é um indicador que está estagnado na economia brasileira nos últimos 30 anos”, observa.
Ela destaca que a pandemia aproximou as empresas da tecnologia, sobretudo nas áreas de comércio e serviços, mas ainda num nível superficial, que não resolve o problema da falta de capacitação especializada. “A pandemia acelerou a digitalização, mas ela foi mais focada em canais, em plataformas, principalmente na comercialização de serviços. Precisamos avançar nesse nível de maturidade, no uso de ferramentas digitais no setor produtivo”, diz ela.
A pesquisa leva em conta as profissões essencialmente digitais, em áreas como programação, tecnologia da informação, análise de sistemas cibersegurança e automação de processos, com base em informações de 2020 — último dado disponível pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, que só será atualizado após o Censo de 2022.
“Não se trata de economia digital, e sim de digitalização da economia. Por isso, não estamos falando de serviços como motoristas por aplicativo, mas sim de como a tecnologia pode transformar o processo produtivo e torná-lo mais eficiente, trazendo mais produtividade e competitividade”, explica Tatiana Ribeiro, diretora-executiva do Movimento Brasil Competitivo.
Segundo a pesquisa, nos últimos cinco anos, as ocupações relacionadas às atividades digitais cresceram num ritmo 4,9% superior aos demais empregos. Mesmo assim, a representatividade dessas vagas ainda é tão pequena no mercado de trabalho por causa da falta de mão de obra qualificada para suprir toda a crescente demanda, afirma Tatiana.
“É uma demanda que exige capacitação de qualidade. A gente precisa da política pública alinhada, olhando para a demanda local, para que a gente possa formar pessoas nessa área de tecnologia e avançar nessa agenda. É um gargalo estrutural que o Brasil precisa enfrentar”, diz.
De acordo com o estudo, além dos salários mais altos, a produtividade dos empregos digitais é três vezes superior à das demais áreas. “Se a gente avança na ideia de conseguir resolver o gargalo da capacitação e coloca mais pessoas ligadas a essas áreas no mercado de trabalho, isso pode trazer um ganho de produtividade para a economia como um todo, que é um indicador que está estagnado na economia brasileira nos últimos 30 anos”, observa.
Ela destaca que a pandemia aproximou as empresas da tecnologia, sobretudo nas áreas de comércio e serviços, mas ainda num nível superficial, que não resolve o problema da falta de capacitação especializada. “A pandemia acelerou a digitalização, mas ela foi mais focada em canais, em plataformas, principalmente na comercialização de serviços. Precisamos avançar nesse nível de maturidade, no uso de ferramentas digitais no setor produtivo”, diz ela.