quinta-feira,19 setembro, 2024

Empregabilidade jovem: ONG desenvolve soluções em ESG para o setor privado

Apesar do mercado de trabalho estar se recuperando no Brasil, para os mais jovens, conseguir o primeiro emprego continua sendo um desafio: a inexperiência e até mesmo a falta de contato com o universo corporativo são barreiras difíceis de transpor. Só no último ano, entretanto, 33,49 mil jovens conseguiram seu primeiro emprego através de uma entidade filantrópica que já impactou mais de 1 milhão de jovens em todo o Brasil.

Há 44 anos o Espro oferece um percurso formativo completo para jovens em situação de vulnerabilidade social. Ele começa pelo programa de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT), que prepara o jovem para executar tarefas básicas do dia a dia corporativo, passa pelo Programa de Socioaprendizagem, que transforma os jovens em aprendizes, e termina no Programa de Estágio, que os leva a conhecer diferentes áreas de atuação, empresas e culturas do mercado.

ESG sob medida
Todo esse trabalho vem consolidando o Espro como um importante parceiro do setor privado no desenvolvimento de soluções ESG personalizadas, como o Projeto Formar, criado em parceria com a Leroy Merlin.

A iniciativa capacita jovens em situação de vulnerabilidade social que vivem no entorno das lojas da empresa, combinando conteúdos específicos sobre o segmento do varejo com o desenvolvimento de competências emocionais. As famílias dos jovens também têm acesso a oficinas de geração de renda.

“Já conseguimos notar que os jovens da primeira turma, que já trabalham conosco, têm uma qualidade muito superior aos que nós geralmente contratamos”, conta Mauro Figueiras, gerente de Desenvolvimento Sustentável da Leroy Merlin, que já ampliou o projeto de São Paulo para todas as regiões do Brasil.

Já em outro projeto, criado em parceria com a Basf, meninas negras em situação de vulnerabilidade social do ABC Paulista fizeram um curso de letramento tecnológico em robótica, desenhado partindo da abordagem pedagógica STEAM – sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Para garantir o acompanhamento do curso, todas elas receberam um tablet com um chip de dados, além de componentes para a construção de seus próprios protótipos.

“Existem vários modelos e formatos, mas o objetivo final é sempre a capacitação do jovem para que assuma o protagonismo de sua vida, desde o primeiro passo no mundo do trabalho. O impacto é direto, porque os tiramos de uma situação de vulnerabilidade e, no final, fazemos o match dele com uma vaga de aprendizagem, de estágio ou de uma vaga formal”, explica Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro. “Do ponto de vista das empresas, é uma ação estratégica para potencializar o “S” do ESG.”

Mensurando o impacto social
Para identificar os desafios com assertividade e colocar em prática soluções de forma estratégica, o Espro conta com uma divisão dedicada em estudos e pesquisas sobre tendências de mercado, comportamento e mensuração de impacto social. Em 2022, esse departamento criou o Índice de Vulnerabilidade Espro (IVE), que ajuda a identificar os jovens que mais precisam da atenção da entidade.

Há ainda pesquisas sobre diversidade jovem, pobreza menstrual, impactos da pandemia e, claro, empregabilidade. Essa última mostrou que 2/3 dos ex-aprendizes do Espro estão ocupados (a maioria em empregos CLT); e o outro terço, mesmo sem trabalho, segue em busca de recolocação. Enquanto na média dos países da OCDE o índice de jovens que não estudam nem trabalham é de 36%, entre os jovens que passam pelo Espro esse número cai para apenas 20%.

“Esses dados mostram que uma organização filantrópica como o Espro pode sim ser um grande parceiro de desenvolvimento de soluções ESG”, destaca Saade. “Muitas empresas têm essa agenda, mas não sabem como fazer. E nós estamos nesse jogo há 44 anos, com muita responsabilidade e governança.”

Focada na prestação de contas à sociedade e aos parceiros, a estrutura de governança do Espro conta com cinco camadas que garantem uma operação isonômica e transparente. Há um regimento interno que define as políticas da instituição, uma controladoria, um comitê de auditoria, além de auditorias interna e externa. Tudo para educar, transformar e incluir.

Fonte: Exame

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