Rajia Abdelaziz havia acabado de sair de um evento com amigas e estava indo para casa quando uma SUV se aproximou. “Um grupo de homens começou a fazer comentários inapropriados a mim”, ela relembra. “Quando um deles começou a sair do veículo, comecei a correr.” Ela conseguiu entrar no seu carro, trancou as portas e dirigiu para casa, tremendo. “Eu fiquei extremamente abalada”, ela diz. “Me dei conta que, como mulheres, precisamos nos proteger e que eu precisava fazer algo para ajudar com isso.”
Como um instrumento de segurança, o celular nem sempre está ao alcance em um momento de emergência. Pode estar inacessível em uma bolsa ou cair embaixo do banco do carro em um acidente. Então Abdelaziz começou a pesquisar o mercado. Não encontrou nada que pudesse estar acessível a todo momento, então sentou com seu melhor amigo – Ray Hamilton, que agora é a seu parceiro de negócios – e desenhou uma peça de tecnologia que permite pedir ajuda e emitir alertas de localização a contatos de emergência com um duplo clique. E a melhor parte é que essa peça se parece mais como um pingente de colar do que um botão de emergência.
Joias, chaveiros e bandanas como dispositivos de segurança
Dois anos depois, os dois colocaram o produto no mercado com o nome Invisawear, em que a empreendedora usou seus conhecimentos como engenheira elétrica para ajudar uma de cada cinco mulheres que serão assediadas pelo menos uma vez na vida.
A dupla trabalhou duro para transformar a ideia em realidade. Os obstáculos enfrentados foram muitos, especialmente como uma jovem empreendedora tentando conseguir investimento. No fim, superaram a meta inicial de US$ 150 mil (R$ 802 mil), conseguindo aportes financeiros de milhões de dólares.