Elon Musk, CEO da Tesla e proprietário do X, retomou o processo contra a OpenAI em um tribunal federal dos Estados Unidos, alegando que foi manipulado para acreditar que a empresa que ele estava ajudando a lançar era uma organização sem fins lucrativos. De acordo com o processo, o bilionário investiu milhões de dólares e foi responsável por recrutar especialistas em Inteligência Artificial (IA) para o projeto.
Na queixa ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos no Norte da Califórnia consta que Musk foi persuadido por Sam Altman, diretor executivo da OpenAI.
“Altman garantiu a Musk que a estrutura sem fins lucrativos garantia neutralidade e um foco na segurança e abertura pelo benefício da humanidade, não no valor para os acionistas. Mas, como se vê, essa foi toda uma filantropia vazia – o gancho para o longo golpe de Altman”, mostra o documento.
A OpenAI, que não comentou as alegações, é governada por um conselho sem fins lucrativos que controla também a empresa com fins lucrativos.
Em março, Musk entrou com um processo semelhante contra a OpenAI, alegando que a empresa quebrou o acordo fundador. No entanto, a queixa foi retirada em junho.
Jornais também processam OpenAI
Oito jornais americanos, incluindo o Chicago Tribune, também abriram processos contra a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, no Distrito Sul de Nova York, em abril. Os jornais são pertencentes à empresa de investimentos Alden Global Capital. De acordo com fontes ouvidas pelo site Axios, a Alden cogita envolver seus mais de 60 jornais regionais na ação.
A ação se soma a um caso semelhante movido pelo jornal americano The New York Times contra ambas as empresas. Até então, o Times era o único grande jornal a tomar medidas legais contra empresas de IA por violação de direitos autorais. A nova ação da Alden Global Capital é representada pela mesma empresa de advocacia que representa o Times e foi protocolada no mesmo distrito de Nova York. Caso o juiz escolhido para supervisionar ambos os casos seja o mesmo, ele poderá combinar as duas reivindicações
Tal como a ação movida pelo Times, os jornais acusam a OpenAI e a Microsoft de apropriarem-se de milhões de artigos protegidos por direitos autorais sem permissão e pagamento para treinar e alimentar suas inteligências artificiais generativas ChatGPT e Copilot.
Os jornais também dizem que os chatbots creditaram falsamente as publicações por reportagens imprecisas ou enganosas, em função das “alucinações” da IA generativa, “manchando a reputação dos jornais e espalhando informações perigosas”. Eles citam exemplos de falsas atribuições, como um caso em que o ChatGPT inventou que o Denver Post publicou pesquisas e observações médicas de que fumar pode ser uma cura para a asma.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)