A escola tem um “enorme papel” para conscientizar alunos a respeito da diversidade sexual. É o que defende a professora sênior do Programa de Pós-Graduação em Educação da USP e pesquisadora, Claudia Vianna.

Em entrevista ela destacou a importância do ambiente escolar, não somente neste mês do orgulho LGBTQIA+.

“A escola é uma das primeiras instituições de socialização que tem condições de enfrentar a violência contra crianças e adolescentes com diferentes orientações sexuais que muitas vezes se dá nas próprias famílias.”

A pesquisadora reforçou que “a escola é um lugar de acolhimento e redução de diferenças, local de acesso, ela pode e deve ser um espaço seguro contra o caráter sexista da sociedade.”

Claudia Vianna avalia que ainda há uma “realidade cruel”, de “cerceamento de direitos humanos e educacionais” contra a população LGBTQIA+.

Mas, ao mesmo tempo, ela acredita que há pelo menos uma década e meia, há “um processo que implementou direitos, enfrentou preconceitos com base em orientação sexual e identidade de gênero, e implementou uma agenda interessante para a educação.”

“Políticas e programas foram criados, com um discurso pedagógico de aumento de visibilidade para essas pessoas, com cursos, material didático e aulas sobre respeito à diversidade”.

Texto: Amanda Garcia

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