Com nova política “AI-first”, Duolingo usará inteligência artificial em tarefas de terceirizados e redesenhará modelo de trabalho.
O Duolingo confirmou nesta segunda-feira (28/04) que usará inteligência artificial em tarefas realizadas por profissionais terceirizados. No email enviado aos funcionários, o CEO e fundador Luis von Ahn explica que isso ocorrerá apenas em atividades nas quais as IAs podem substituir o trabalho humano. Contudo, o texto de von Ahn mostra que o Duolingo será uma empresa “AI-first”, termo usado para dizer que o uso de IA será prioridade na gestão.
Como será o uso de IA na gestão do Duolingo?
No texto assinado por von Ahn, o objetivo do uso de IA na gestão do Duolingo é contribuir para atingir a missão da empresa — que é entregar educação de alta qualidade e universalmente acessível. Para isso, a IA não será só uma ferramenta para ajudar na produtividade.
A política AI-first será acompanhada de um redesenho dos processos da empresa. O CEO explica que o atual método de trabalho foi desenvolvido para humanos, exigindo que os processos sejam reformulados. Em alguns casos, como revela von Ahn, isso exigirá que alguns métodos sejam feitos do zero.
O CEO ainda diz que a empresa adotará a política AI-first imediatamente, sem esperar que esses novos processos e a tecnologia necessária fiquem completos. Para von Ahn, é melhor agir com urgência, perdendo parte da qualidade durante essa mudança, do que ir devagar e perder o embalo.
Quais as outras mudanças no processo de trabalho do Duolingo com IA?
O CEO diz no email enviado aos funcionários que uso de IA será um dos critérios na contratação e nas avaliações de desempenho. Vagas só serão abertas caso uma equipe não consiga automatizar mais o trabalho. Luis von Ahn ainda relata que diversas funções terão mudanças significativas no modo de trabalho.
O co-fundador do Duolingo tranquiliza os trabalhadores no email. Ele diz que a empresa segue se importando com seus funcionários, afirmando que a medida não é uma forma de trocar os Duos (apelidos dos empregados) por IAs (pelo menos não por enquanto). A ideia, segundo von Ahn, é que os Duos foquem em trabalho criativo e problemas reais, não tarefas repetitivas.
Em nota ao Tecnoblog, o Duolingo informou que a decisão não afeta o funcionamento da subsidiária da empresa no Brasil.
No entanto, como o CEO mostra no email, diversas novidades recentes no app do Duolingo foram produzidas com IA: novos conteúdos para os cursos e a (chatíssima) ferramenta de conversação Videochamada com a Lily. O uso de IA para novos conteúdos permite escalar rapidamente os cursos da plataforma.
Com informações de The Verge
Por: Felipe Freitas
