O Brasil está ganhando um novo player de games: a Epic Games Brasil. A aquisição do estúdio brasileiro Aquiris pela Epic Games, dona do Fortnite, foi oficializada nesta quarta-feira, 19. No início de 2022, a Epic Games já havia iniciado uma parceria com a empresa criada em 2007, dona de títulos como como Wonderbox: The Adventure Maker e Horizon Chase.
A Aquiris passa a ser, agora, a base da Epic Games Brasil, o primeiro estúdio da Epic na América Latina e o objetivo é ampliar a capacidade de ambas de desenvolver ferramentas e interações sociais dentro do Fortnite. “Juntar-se à Epic Games aumenta nosso sucesso na criação de jogos memoráveis. Estamos muito satisfeitos em aproveitar nossa experiência usando o Unreal Engine no desenvolvimento de jogos para contribuir com o futuro do Fortnite”, disse Mauricio Longoni, CEO da Aquiris e agora diretor de estúdio da Epic Games Brasil.
“A Aquiris tem estado na vanguarda do desenvolvimento de jogos no Brasil e na América Latina, e fazer parte da Epic Games destacará os desenvolvedores de nossa região para toda a indústria. “Vimos em primeira mão os talentos impressionantes da equipe AQUIRIS na criação de jogos inovadores que atraem apelo global e estamos entusiasmados em recebê-los na Epic Games”, disse Alain Tascan, vice-presidente executivo de desenvolvimento de jogos da Epic Games. “Com a criação da Epic Games Brasil, esperamos explorar o imenso talento que a região tem a oferecer e estabelecer nossa presença na América Latina.”
O que faz do Brasil um mercado estratégico para os games?
O Brasil é o maior mercado de games da América Latina com uma receita estimada de R$ 11 bilhões em 2022 e um crescimento de 6% previsto para 2023, segundo a consultoria Newzoo, além disso, o país é destaque no consumo, mas também na contratação de profissionais especializados para a indústria.
De acordo com a nova edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), divulgada pelo SX Group e Go Gamers, em parceria com a Blend New Research e ESPM, 58,3% dos gamers acreditam que o setor de jogos eletrônicos no país oferece boas oportunidades de carreira.
De acordo com o estudo, 24,8% afirmam ter gasto até R$ 100,00 e 29,2% gastaram entre R$ 101,00 à R$ 500,00 com jogos no ano passado; 12,7% gastaram entre R$ 501,00 até R$ 1.000,00 e 12,9% que gastaram mais de R$ 1.000,00. Há um recorte de 20,4% que não gastou com jogos. Mas isso não significa que esta última parcela não jogue. Com a grande variedade de jogos gratuitos para jogar disponíveis no mercado, a PGB 2023 constata que 39% dos gamers preferem baixar apenas jogos deste tipo.
O público gamer brasileiro também dedica parte de seus gastos com outros formatos de conteúdo pago dos jogos, como moedas virtuais (31,2%); expansões de jogos (29,6%) e itens de melhoria (27,5%), mas 31,8% afirmam não gastar com nenhuma opção. A grande maioria (42,8%) também não paga por serviços online ante ao público assinante do Xbox Game Pass (21,2%) e PlayStation Plus (20,6%), por exemplo.
Por: Luiz Gustavo Pacete