sexta-feira,22 novembro, 2024

Disrupção no foodservice: 5 pontos essenciais nesse processo

O foodservice é uma vertical do segmento de alimentação que engloba toda a cadeia de negócios de alimentação fora do lar. Assim como acontece com a chegada da Indústria 4.0, o setor de foodservice também foi impactado por inovações e tecnologias, como automação, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, computação em nuvem, produção sob demanda, proximidade com clientes, nanotecnologia, robótica, big data e analytics apenas para citar alguns.

A tecnologia aplicada ao foodservice é uma grande aliada, porém, para garantir que ela seja bem empregada, é importante entender bem como funciona o processo de disrupção no segmento.

Estamos falando de um mercado que cresce 14% ao ano e representa 2,4% do PIB. No total, são 1 milhão de estabelecimentos de foodservice no Brasil – algo que, com certeza, merece atenção.

O cenário do foodservice no Brasil é extremamente promissor. A previsão de faturamento em 2025 é de R$ 199 bilhões. Em 2011, o setor faturou R$ 121 bilhões. Parte desse crescimento se deveu às inovações implementadas e foco total no consumidor. Cada vez mais, as marcas vão além.

Sempre digo que é preciso pensar lá na frente, avaliando diversos aspectos quando se tem um negócio.

No cenário de foodservice, a disrupção do setor tem vindo primordialmente de cinco pontos, que são:

  • Produtos;
  • Sustentabilidade;
  • Experiência;
  • Eficiência das operações e da cadeia;
  • Interação com consumidor.

A seguir, explico melhor cada um e cito exemplos práticos de empresas que estão se destacando em cada um desses temas.

Quando se fala em Produtos, podemos destacar a tendência de culinária plant-based e carne artificial. Esses mercados estão em crescimento constante e merecem atenção máxima, com o surgimento de novas tecnologias.

Em Sustentabilidade, trago como exemplo a Farm on Ogden. A empresa, localizada em Chicago, nos Estados Unidos, tem uma parceria com o Chicago Botanic Garden e o Lawndale Christian Health Center. Seu objetivo é criar espaço para marketing indoor, salas de aula, cozinhas comerciais e de ensino, além de espaços para escritórios. Tudo com comida fresca e estímulo ao desenvolvimento de profissionais dos segmentos de agricultura e indústria de alimentação.

No quesito Experiência do consumidor, o exemplo é a Dom’s Kitchen & Market, um espaço de experimentação e com foco na percepção do cliente, mesclando varejo e foodservice. Gastronomia de diversos lugares do mundo, cursos, testes e matérias-primas de produtores locais são o foco aqui.

Em termos de Eficiência, recursos como inteligência artificial e automação se destacam, com análise de dados, preferências e buscas. A partir disso, são criadas estratégias de marketing, produzir sob demanda e ter operações mais inteligentes.

Em Interação com consumidor, gostaria de destacar o Restaurante do Futuro, apresentado no Latam Retail Show 2022, maior evento B2B de varejo e consumo da América Latina, criado pelos nossos parceiros da Gouvêa FoodService.

O espaço constrói uma jornada que integra a tecnologia de uma maneira sutil e quase que invisível, com monitoramento com câmeras e dispositivos inteligentes que vão dizer as preferências do cliente. A comida também mostra o que é prioridade para o cliente, trazendo a possibilidade de personalização.

Agora que você já conhece melhor as etapas de disrupção do foodservice, um dos mais eficientes fios condutores de integração entre marca e cliente, é preciso saber que uma execução perfeita garante escalabilidade – e este é o desafio das marcas.

É preciso integrar Tecnologia, Sustentabilidade, Produto, Serviço e Eficiência para ter resultados exponenciais.

E por aí? Seu negócio está preparado para o futuro do foodservice?

Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.

Imagem: Shutterstock

Por: Lyana Bittencourt

Redação
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