Um grupo de cientistas criou um dispositivo capaz de simular um ataque cardíaco, sob a premissa de ajudar a testar e desenvolver novos medicamentos voltados a doenças cardiovasculares. As descobertas foram publicadas na revista Science Advances.
A comunidade científica ainda não conseguiu entender completamente o processo de como as células cardíacas saudáveis e prejudicadas transmitem mensagens umas às outras e como mudam após um ataque cardíaco, então a ideia é que o dispositivo ajude a desvendar esses mistérios.
O dispositivo microfluídico é feito de um polímero semelhante à borracha chamado PDMS, e possui dois canais em lados opostos por onde circulam os gases. Acima da base há uma fina camada do polímero PDMS, que é poroso para permitir a passagem do oxigênio. Na camada superior, há uma camada de proteína.
O dispositivo imita a estrutura do coração humano, e conta com células cardíacas de roedores cultivadas em cima de uma proteína. Para simular o ataque cardíaco, os pesquisadores instigam cada canal do dispositivo a liberar gás com e sem oxigênio.
O grupo também pretende usar o dispositivo para estudar alterações como arritmia ou batimentos cardíacos irregulares, por exemplo. Observar as alterações no tecido cardíaco em tempo real é algo que não pode ser feito com modelos animais, por exemplo.
O próximo passo da pesquisa é tornar o modelo mais detalhado e adicionar células imunes ou fibroblastos (células que formam cicatrizes após um ataque cardíaco) para analisar melhor o que acontece durante e após um ataque cardíaco.
Fonte: Science Advances via Interesting Engineering
Por: Nathan Vieira