sexta-feira,22 novembro, 2024

Dengue: municípios mineiros utilizam tecnologia como estratégia de combate ao mosquito

O combate ao mosquito Aedes aegypti é um desafio constante, o que muda ao longo dos anos, são algumas estratégias utilizadas para eliminar este mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além do apoio da população, que é o ponto principal, uma grande aliada vem sendo a tecnologia. As prefeituras mineiras estão reinventando, no mundo digital, ferramentas que facilitem as ações nos eixos de comunicação/mobilização social, vigilância em saúde e assistência.

Para o Superintendente Regional de Saúde (SRS) de Uberaba, Eurípedes Leitão, a tecnologia é uma ferramenta importante no combate ao Aedes, pois permite que as informações sejam processadas mais rapidamente, gerando ações assertivas e em tempo oportuno. Ele afirma que “a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vem trabalhando, por meio das unidades regionais, para aumentar a eficiência no combate aos focos e criadouros do mosquito nos municípios. Ações como a divulgação de materiais informativos pelos sites, redes sociais e aplicativos de mensagens, bem como as estratégias de parcerias nessa divulgação, têm sido efetivas para ampliar o acesso da população às informações e o alcance das campanhas”. 

Comunicação e Mobilização Social

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, desde 2019, foi adotado o aplicativo “Udi sem Dengue”, que pode ser baixado nas plataformas Android e iOS, há duas interfaces, uma para a população em geral e outra como ferramenta de trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias. José Humberto Arruda, coordenador municipal do Programa de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, explica como é esta integração. 

“As demandas que mais chegam para nós são em relação a terrenos baldios, casas abandonadas ou de algum vizinho que tenha sido descuidado. Nossa equipe recebe a solicitação pelo app, vai ao local fazer a vistoria e, neste momento, já repassa o retorno para o solicitante”, ressaltou Arruda.

Na cidade de Uberaba, o chefe de seção de controle de endemias, Diogo Barros, relata que há um site para concentrar denúncias e demandas espontâneas da população em relação a diversos agravos, incluindo as arboviroses, e organizar a agenda de trabalho dos agentes de endemias e mobilizadores sociais no atendimento a essas demandas em um prazo de até quatro dias. Ele conta que as principais demandas estão relacionadas com o Aedes aegypti.

Com o objetivo de melhorar a comunicação com as equipes de assistência e combate a dengue, a Prefeitura de Patos de Minas disponibiliza para a população o aplicativo “Patos Conecta”, com diversas ferramentas que interligam setores de forma instantânea. Dentro do aplicativo, existe uma ferramenta que identifica a denúncia de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. 

“A pessoa abre o aplicativo, que é bem simples, realiza uma denúncia, que é encaminhada ao controle vetorial ou mesmo à ouvidoria, que realizam uma filtragem para que possa ser respondida e tramitada a demanda, o que facilita a localização dos focos e principais criadouros” disse a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue de Patos de Minas, Daniele Nunes. 

Vigilância em Saúde

Outra tecnologia que a Secretaria de Saúde de Uberlândia adotou, e que segue as normas legais para o uso, foi a utilização de drones para ampliar o monitoramento. 

“O equipamento localiza as áreas com maior necessidade de atuação, como bairros que consideramos dormitórios, ou seja, aqueles em que as pessoas saem cedo e voltam apenas à noite. Então, o drone é uma ferramenta poderosa para identificar piscinas e caixas d’água desprotegidas. Identificando os focos, a equipe informa o morador que existe um foco descoberto por drone, faz a eliminação e a orientação. Esse ano já fizemos a licitação para a contratação da empresa que nos ajudará a implantar de forma definitiva a ação”, explicou Arruda, coordenador municipal.

Assistência

Em Canápolis, Centralina, Campina Verde, Ituiutaba, Gurinhatã e Santa Vitória as equipes municipais de assistência básica, hospitalar e de zoonoses, se comunicam por aplicativo de mensagens instantâneas, e-mail e mesmo contato telefônico quanto aos casos suspeitos de dengue. “A assistência, ao preencher a ficha do caso suspeito de dengue, encaminha o endereço do paciente para o serviço de zoonoses realizar as ações de controle vetorial, como bloqueio com inseticida, eliminação de criadouro, mobilização social e mutirão de limpeza”, disse a coordenadora da Vigilância Ambiental de Ituiutaba, Laryssa Alves Macedo.

Saiba mais em: https://www.saude.mg.gov.br/aedes

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