quinta-feira,19 setembro, 2024

Demanda por veículos elétricos seguirá forte, avalia economista da Coface

As vendas de veículos elétricos (EVs) devem manter uma evolução positiva em 2023, mesmo diante do cenário de inflação global e juros elevados, que desencorajam o consumo de bens mais caros pelas famílias. A avaliação é de Simon Lacoume, economista do Grupo Coface, que é especializado nos setores Agroalimentar e de Metais.

“Em 2023, a previsão é que a venda de carros elétricos, em todo o mundo, chegue a 14 milhões de unidades, o que representa um aumento de 35% no ano. No primeiro trimestre de 2023, mais de 2,3 milhões de veículos elétricos foram comercializados no planeta, índice 25% maior em relação ao primeiro trimestre de 2022. Como resultado, os EVs globais podem representar 18% das vendas totais em 2023. É algo muito positivo, se comparado com uma análise geral do setor automotivo”, disse Lacoume, durante o webinar “Desafios e oportunidades globais para o setor Automotivo|Metalúrgico”, realizado pela Coface.

O economista ressaltou que a China tem um papel importante na expansão do mercado de veículos elétricos. Com incentivos públicos, o país asiático respondeu por 59% das vendas globais de modelos eletrificados no primeiro trimestre de 2023. Além disso, veículos elétricos representaram cerca de 40% das exportações de automóveis da China.

“Há uma grande aceitação de veículos elétricos entre os chineses, com o governo apoiando o consumo. A China é hoje o maior mercado de carros elétricos, o que deve totalizar 40% das vendas globais até 2030. No entanto, o corte de subsídios na compra de EVs pode impactar negativamente as vendas em 2023”, afirmou.

Lacoume disse ainda que o aumento na demanda por veículos elétricos está impulsionando a procura por baterias e minerais críticos relacionados ao segmento. Em 2022, cerca de 60% da demanda por lítio, 30% de cobalto e 10% de níquel foram para uso em baterias de veículos elétricos.

Segundo o economista da Coface, a cadeia de valor se mantém concentrada. Em 2021, a China refinou 60% da produção de lítio do mundo, representando 77% da capacidade global de produção de células de bateria. O país asiático é ainda o responsável por 60% da fabricação mundial de componentes de bateria.

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