sexta-feira,22 novembro, 2024

Defesa planetária: é possível destruir asteroides imensos, segundo estudo

Uma pesquisa publicada recentemente sugere que asteroides gigantes podem ser destruídos antes de atingirem a Terra; saiba como

Em julho deste ano, o asteroide 2023 NT1 de 60 metros de largura se aproximou da Terra a uma velocidade de 86 mil quilômetros por horas. Na ocasião, a rocha espacial passou a um quarto de distância de Lua, a apenas 3 mil km de altitude do nosso planeta. 

Se um asteroide dessa escala vem em direção à Terra, o estrago será grande. Para se ter ideia, o meteorito Chelyabinsk, que caiu na Rússia em fevereiro de 2013, feriu cerca de 1.500 pessoas e danificou mais de 7.000 casas e prédios. Essa rocha tinha apenas 20 metros de diâmetro, ou seja, um terço do NT1.

Pensando em como combater essas ameaças espaciais, pesquisadores realizaram um estudo considerando um asteroide semelhante ao 2023 NT1 e analisando se ele poderia ser destruído pelo método Pulverize IT (PI).

Como já relatado anteriormente pelo Olhar Digital, esse método consiste em lançar hastes penetradoras em direção a um grande asteroide. Essas hastes medem até 30 centímetros de largura e 3 metros de comprimento, e, além disso, podem ser equipadas com explosivos.

Novo sistema sugere o lançamento de varas de penetração que prometem pulverizar asteroides antes de um impacto generalizado, facilitando a sua queima na atmosfera ou, em caso de choque, danos reduzidos (Imagem: Alexander Cohen/Reprodução)

Como observa o Universe Today, o estudo sugere que esse método tem um bom tempo de resposta — podendo atingir o asteroide antes de chegar à Terra — e seu ataque pode ser suficiente para fragmentar a rocha em pedaços inofensivos.

De acordo com o estudo, tendo em vista a tecnologia atual de lançamento, poderíamos lançar um foguete de defesa em um dia em direção ao asteroide. 

Então, a rocha seria pulverizada utilizando impactadores cinéticos e explosivos, que quebrariam o asteroide em pedaços abaixo de 10 metros de diâmetro.

No entanto, ainda não temos foguetes preparados para esse tipo de situação, prontos para serem lançados de imediato. Portanto, o estudo serve como uma prova de conceito, mostrando que temos capacidade de destruir ameaças do espaço caso haja planejamento.

Texto: William Schendes

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