Os alunos da equipe campeã Tribus Andrômeda, do Sesi Escola Várzea Grande, estão de olho no pódio da Jornada Brasileira de Foguetes. A competição ocorre entre os dias 7 e 9 de novembro, em Brasília, e a garotada promete brilhar na disputa. Para garantir a vitória, o time aposta em um foguete com design mais leve, resistente e ágil.

O modelo – que é movido a água e ar comprimido – ainda é feito de garrafa de plástico retornável, tipo PET, conforme exigido pela comissão organizadora da Jornada. Desta vez, a turma investiu em aletas diferenciadas e trouxe para o design o poliestireno (PS), material mais rígido e possui melhor aerodinâmica que o papelão.

O novo equipamento está sendo desenhado pelos integrantes do grupo no software AutoCAD, sob os olhos atentos do professor Robson Correa, fortalecendo o protagonismo dos jovens no processo de aprendizagem. Após finalizarem o desenho, ele será impresso pelos alunos na impressora 3D da escola e cortado na cortadora a laser da instituição. Compõem a Andrômeda os discentes Giovanna Estela, do 7º ano, Guilherme Mileski, do 8º ano, e Júlia Rodrigues, também do 8º ano.

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As aletas serão impressas na impressora 3D e cortado na
cortadora a laser da instituição. Foto: divulgação

“Procuramos melhorar o desempenho do nosso foguete. Antes, ele era feito de papelão, e agora vamos usar o material PS para alcançarmos uma distância maior do que o lançamento realizado na edição passada”, explica Giovanna.

Na edição da Jornada de 2023, os jovens tiveram uma performance notável ao lançarem 217,5 metros, garantindo a medalha de ouro. Para este ano, a turma planeja repetir o feito, sagrando-se bicampeã com uma distância superior à atingida na competição anterior.

“A nossa expectativa para o campeonato está nas alturas. Estamos treinando muito para conseguir lançar o foguete o mais longe possível e, dessa forma, atingir uma boa pontuação”, diz Guilherme. Júlia complementa destacando sua ansiedade para a disputa: “Não vejo a hora de lançarmos o foguete oficialmente. Estou ansiosa para ver o desempenho dele”, finaliza a aluna.

Robson esclarece que, para um resultado vitorioso, os discentes colocam a mão na massa, estudando engenharia de lançamento, física, cálculos matemáticos, tecnologia para a construção do foguete, artes para o design, entre outros temas que englobam a metodologia STEAM. “Fomentamos o protagonismo do estudante dentro e fora da sala de aula. São eles que pensam no modelo, desenham e imprimem. Eu dou o suporte necessário, mas incentivo a criatividade e autonomia”, conta o professor.

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O time já experimentou o gosto da vitória em 2023 ao
conquistar o ouro na competicação. Foto: divulgação

As equipes selecionadas para a Jornada Brasileira de Foguetes começam sua caminhada pela Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog). Ao serem classificadas, elas ganham notoriedade para as disputas nacionais, como a Jornada, que dependem de um convite dado pelos organizadores às equipes com os lançamentos de foguete mais longos.

Um dos convites foi para a Andrômeda. O time ficará por três dias em uma imersão de conhecimento oferecida pelos organizadores da jornada, entre eles a Agência Espacial Brasileira (AEB). Ao todo, os grupos participantes terão direito a dois lançamentos durante o evento. No restante do tempo, participarão das programações oferecidas pela jornada, como palestras e atividades em grupo.

Para conseguir uma medalha de bronze, o foguete precisa atingir uma distância entre 171 e 186 metros. Já para a medalha de prata, entre 186 e 202 metros, e, para alcançar a tão sonhada medalha de ouro, entre 202 e 400 metros.

Texto: Fernanda Nazário