terça-feira,17 setembro, 2024

Curitiba e a revolução das cidades inteligentes no Brasil

Curitiba é um exemplo de capital que vem se destacando pelo desenvolvimento urbano inteligente no Brasil.

As cidades inteligentes estão no centro das discussões sobre o futuro urbano. Com a crescente urbanização e os desafios que ela traz, como mobilidade, segurança e sustentabilidade, surge a necessidade de cidades mais eficientes e conectadas. Uma cidade inteligente utiliza tecnologia e dados para melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos, tornando os serviços públicos mais eficientes e promovendo um ambiente sustentável.

Curitiba, no Paraná, é um exemplo de capital que vem se destacando no cenário nacional e internacional como um modelo de cidade inteligente. De acordo com a Smart Cities Index 2023, Curitiba está entre as 100 cidades mais inteligentes do mundo . Mas o que exatamente define uma cidade inteligente e como esses componentes estão sendo implementados em Curitiba e outras cidades ao redor do mundo?

A professora Flávia Claro, mestre em planejamento urbano e professora do curso de Arquitetura do UniOpet, explica que “uma cidade inteligente é aquela que usa a tecnologia de forma integrada para otimizar serviços e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes”.

Componentes essenciais de uma cidade inteligente

Uma cidade inteligente é composta por diversos componentes interligados que trabalham juntos para criar um ambiente urbano mais eficiente e sustentável. Entre os principais estão a mobilidade inteligente, a infraestrutura tecnológica, a sustentabilidade e o governo digital.

Flávia, afirma que a mobilidade inteligente é aquela que incentiva o transporte não motorizado, que prioriza o transporte público eficiente e os complementa com soluções de mobilidade compartilhada e até veículos autônomos. “A iniciativa adotada no transporte público da cidade melhora a eficiência do transporte e reduz o tempo de espera e o consumo de combustível, beneficiando tanto os moradores quanto o meio ambiente”.

Outro componente importante é a infraestrutura tecnológica, que envolve a implementação de redes de alta velocidade, sensores IoT (Internet das Coisas) e sistemas de monitoramento em tempo real. “Essas tecnologias permitem uma gestão mais eficiente dos recursos urbanos, como água, energia e resíduos. Em Curitiba, a instalação de sensores para monitorar a qualidade do ar e o consumo de energia está em expansão, tornando a cidade mais conectada e sustentável”, comenta.

Curitiba e o avanço das cidades inteligentes no Brasil e no mundo

Curitiba tem sido um modelo de inovação urbana desde os anos 1970, e hoje continua a liderar na implementação de soluções inteligentes. Um exemplo recente é o uso de big data para otimizar o transporte público, ajustando as rotas e horários dos ônibus com base em dados em tempo real. “A iniciativa adotada no transporte público de Curitiba melhora a eficiência do transporte e reduz o tempo de espera e o consumo de combustível, beneficiando tanto os moradores quanto o meio ambiente”, explica.

Além disso, Curitiba está investindo em iluminação pública inteligente, que utiliza sensores para ajustar a intensidade das luzes de acordo com a presença de pessoas, economizando energia e aumentando a sensação de segurança.

O projeto de iluminação inteligente é parte de um esforço maior para tornar a cidade mais sustentável, com uma meta de reduzir em 40% as emissões de carbono até 2030.

Outras cidades no Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, também estão adotando práticas de cidades inteligentes, mas com desafios distintos, como espaços urbanos mais complexos e população mais numerosa.

“A tendência é que mais cidades brasileiras sigam o exemplo de Curitiba, implementando soluções tecnológicas para melhorar a vida urbana. À medida que a tecnologia avança e se torna mais acessível, cidades de todos os tamanhos poderão adotar soluções inteligentes para melhorar a vida de seus habitantes. No Paraná, por exemplo, cidades menores estão começando a implementar tecnologias de cidades inteligentes em áreas como gestão de resíduos e eficiência energética”, conclui.

Por Centro Universitário Uniopet

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