A gestão de pessoas continua a ser uma dor de cabeça para muitas empresas, especialmente quando se trata de cultura organizacional e desenvolvimento de líderes. Uma pesquisa inédita realizada pelo Pandapé, software de RH líder na América Latina, em parceria com a Impulso, People Tech especializada no aumento de produtividade, aponta que essas áreas são as que mais travam o crescimento e a competitividade das organizações.
A dificuldade invisível: cultura organizacional e engajamento
De acordo com o estudo, 14% das empresas lutam para consolidar uma cultura organizacional forte e engajar os colaboradores. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, falhar em criar um ambiente de pertencimento e propósito pode custar os melhores talentos para os concorrentes.
“Cultura organizacional vai além de valores escritos no mural ou em discursos. Ela é o que sustenta a inovação, retém os melhores talentos e transforma resultados. Se a cultura é fraca, a empresa perde consistência e engajamento.” afirma Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs e porta-voz do Pandapé.
A falta de uma cultura sólida também impacta diretamente o desempenho: colaboradores que não se identificam com a empresa tendem a apresentar uma queda de produtividade, além de estarem mais propensos a buscar outras oportunidades no mercado.
Formação de líderes: outro desafio crítico
Outro ponto revelado pela pesquisa é o desenvolvimento de lideranças, que aparece como um desafio para 13% das empresas. Em tempos de transformações rápidas, líderes eficazes são essenciais para manter equipes alinhadas e motivadas. A ausência de programas estruturados de capacitação de líderes pode comprometer a capacidade da organização de enfrentar mudanças e conduzir times de forma eficiente.
“Liderança não é apenas comandar, é inspirar, e essa é uma competência que precisa ser desenvolvida continuamente. Empresas que investem no desenvolvimento de seus líderes têm uma vantagem competitiva clara no mercado”, reforça Hosana.
Saúde mental e bem-estar: um pilar negligenciado
Além dos desafios culturais e de liderança, 11% das empresas também enfrentam dificuldades em promover um ambiente que priorize a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores. Empresas que não oferecem suporte adequado nessa área enfrentam maior turnover e queda na motivação das equipes. Segundo Azevedo, “um ambiente de trabalho saudável é um ativo estratégico para qualquer organização. Ignorar isso pode resultar em perdas significativas de produtividade e comprometimento dos colaboradores.”
Retenção de talentos: o custo da rotatividade
A retenção de talentos e a alta rotatividade continuam sendo problemas para 10% e 9% das empresas, respectivamente. O turnover elevado aumenta os custos de recrutamento e afeta a continuidade dos negócios. Garantir que as contratações se alinhem ao perfil cultural da empresa e investir no desenvolvimento contínuo dos colaboradores são medidas essenciais para reverter esse cenário.
Fit cultural e conflitos geracionais: as novas fronteiras da gestão de pessoas
Outro ponto sensível nas empresas, de acordo com o estudo, é o gerenciamento de conflitos entre gerações e o alinhamento ao fit cultural. Com equipes cada vez mais diversas, 8% das empresas relatam dificuldades em garantir que novos colaboradores se encaixem bem na cultura organizacional.
Hosana comenta: “Promover uma boa convivência entre diferentes gerações e garantir contratações alinhadas ao fit cultural são passos importantes para criar um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo. O respeito às diferenças e a valorização das habilidades únicas de cada geração podem ser um diferencial competitivo significativo.”
O futuro começa agora: cultura e liderança como diferenciais competitivos
Consolidar uma cultura organizacional forte, desenvolver lideranças preparadas e promover o bem-estar são os pilares para garantir uma gestão de pessoas eficaz e sustentável. As empresas que superarem esses desafios estarão mais bem posicionadas para crescer, inovar e prosperar em um mercado cada vez mais exigente.
Os dados da pesquisa deixam claro: empresas que investem em uma cultura organizacional coesa e no desenvolvimento de seus líderes não apenas retêm talentos, mas criam equipes mais motivadas e engajadas com os objetivos do negócio.