Cuiabá sopra mais uma velinha, e como tudo por aqui, não o faz discretamente. A cidade celebra mais um aniversário misturando calor, história, e inovação com a mesma naturalidade com que serve farofa de banana no almoço. E nós, forasteiros adotados sem muita cerimônia estamos tentando entender como fomos parar no meio desse caldeirão de afetos de 40 graus.
Vim para Cuiabá para estudar. Fiquei. É uma vida inteira amando meu estado de origem, e meia vida amando Cuiabá. Uma cidade que não só me acolheu, mas me enraizou — nas pessoas, no jornalismo, na inovação. E que trajetória a inovação vem trilhando nessas terras! Uma jornada de encontros entre pessoas, negócios e propósitos.
Viver em Cuiabá, hoje, é ter o privilégio de ser parte da narrativa. De noticiar os sonhos, os desafios e os ofícios dessa gente que resiste com criatividade. Eu te saúdo, Cuiabá, e agradeço por me deixar crescer contigo, escrevendo tua história.
Dizem que o calor castiga. Mas o cuiabano, de nascença ou de coração, devolve com outro tipo de calor: o que acolhe. Aqui, tradição não é peça de museu; é combustível para a invenção. Cada rua guarda um pé no passado e outro no futuro, e entre um lambadão e uma ideia de startup, a cidade segue fazendo o que sabe melhor: resistir e criar.
Cuiabá é mais que a capital mato-grossense, é uma oficina cultural a céu aberto, onde se pinta nos becos e se empreende no quintal. É um lugar onde se honra a própria história sem abrir mão da tecnologia que impulsiona novos negócios.
Cuiabá pulsa. Pulsa nas raízes de tantos povos, inclusive o meu, que vieram se misturar nessa terra quente. Pulsa nas festas, no sotaque ligeiro, no pequi, e no afeto. Pulsa porque aprendeu a viver o ontem, o agora e o amanhã tudo misturado numa farofa só.
Falar de Cuiabá é sempre correr o risco de parecer entusiasmado demais. Mas talvez seja só honestidade. Tem cidade que marca pelo que tem. Cuiabá, pelo que faz sentir.
Parabéns, Cuiabá!
Que Cuiabá continue sendo esse lugar curioso: firme nas raízes, inquieto no presente, aberto ao que vem. A gente segue junto — planejando, criando, vivendo.