sábado,23 novembro, 2024

Cresce número de brasileiros que aderem ao vegetarianismo ou veganismo

O vegetarianismo e o veganismo têm crescido no Brasil, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). A entidade celebrou, no último dia 1º, o Dia Mundial do Veganismo.

“Entendemos que a conscientização e a decisão por deixar de consumir produtos de origem animal é um processo lento, que enfrenta fatores culturais, hábitos e conceitos arraigados, e essa mudança acontece aos poucos. Mas percebemos que muitas pessoas têm diminuído o consumo de carne e já fazem questão de adquirir produtos que não tenham sido testados em animais”, diz Ricardo Laurino, presidente da SVB.

Dados de 2021 da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) mostraram que 46% dos brasileiros já deixam de comer carne por vontade própria pelo menos uma vez por semana. Outro estudo sobre o tema, realizado pelo Ibope Inteligência em 2018, revela que 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos. Esse número representa um aumento de 75% em relação ao mesmo levantamento feito em 2012.

Um estudo da Allied Market Research aponta que o mercado vegano foi avaliado em US$ 19,7 bilhões em 2020, apresentando expectativa de crescimento para mais de US$ 36,3 bilhões até 2030. Um levantamento encomendado pela CNN Brasil ao Ministério da Economia aponta que nos últimos 10 anos aumentou em 500% o número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome.

Consumidor mais saudável 

Em questões como saúde e meio ambiente, estudos científicos comprovam os riscos do consumo de carne e a relação deste hábito com casos de câncer e problemas cardiovasculares. Da mesma forma, estudos internacionais revelam que a produção de carne e laticínios é responsável por 60% das emissões de gases do efeito estufa da agropecuária.

O crescimento do número de brasileiros que querem evitar as carnes tem provocado impactos socioeconômicos com o surgimento de mercados especializados para esse público. Foram criados estabelecimentos que comercializam produtos que vão de alimentos a vestimentas, passando por produtos cosméticos, de higiene, farmacêuticos e diversos itens produzidos sem nenhum ingrediente de origem animal.

Imagem: Shutterstock

Por: Mercado e Consumo

Redação
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